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Abolir o termo "anti-idade": a missão da Evi Brasil, startup de skincare

Marca quer oferecer produtos de beleza para mulheres de 40 a 50 anos, defendendo uma "beleza sem data de validade"

Foco da empresa é atender mulheres de 40 a 50 anos, comunicando-se diretamente com elas por meio do ambiente digital (Evi Brasil/Divulgação)
KS

Karina Souza

Publicado em 28 de março de 2021 às 12h23.

Última atualização em 28 de março de 2021 às 12h24.

Na pandemia , a vaidade dos consumidores esteve ligada aos cuidados com a pele. De janeiro a dezembro de 2020, o segmento teve alta de 21,9% em relação ao mesmo período de 2019, segundo a Associação Brasileira de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC). De olho em uma oportunidade para empreender, Luiz Felipe Ticianeli viu no setor uma oportunidade e tanto: além do crescimento do setor, a vida pessoal contribuiu para fundar a Evi Brasil, startup de cuidados para a pele.

“Aprendi muito no tempo em que trabalhei n’O Boticário e, quando saí de lá, queria empreender no setor com algo novo. Estudava muito sobre o tema, mas ainda não sabia como. Até que um dia, conversando com a minha mãe, que tem 57 anos, a ideia de fundar a Evi veio, a partir do momento em que ela me disse que não se sentia representada pelos anúncios de produtos ‘anti-idade’ que via por aí, tanto pela linguagem quanto pelas modelos”, afirma Luiz, CEO da Evi Brasil, à EXAME.

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A partir desse comentário, ele e o sócio, Vitor Ferreira, CMO da startup, começaram a estruturar a empresa, até lançá-la em janeiro deste ano. Ambos estruturaram a proposta de valor da empresa e fizeram uma rodada com investidores-anjo do mercado de beleza e de tecnologia, em que captaram R$ 1 milhão.

O dinheiro foi investido para criar o conceito da marca e o primeiro produto, um sérum revitalizador de olhar (que custa cerca de R$ 130). “Combinamos alguns ativos que nunca estavam em um mesmo produto nesse grau de composição, totalmente voltado para a pele madura”, afirma Luiz.

Para se comunicar adequadamente com as consumidoras, os sócios investiram em publicidade coordenada por mulheres, além de estudos com pequenos grupos focais, que testaram a fórmula do sérum antes de ele ser lançado. Ao todo, mais de dez versões do produto foram criadas, até chegar ao final.

A estratégia de investir em um único produto, primeiro, estava ligada à estratégia da empresa: primeiro, construir uma discussão sobre o tema dentro da indústria de beleza e com os consumidores para, depois, trazer os produtos à venda. Depois do lançamento inicial, os sócios agora pretendem lançar outros seis a sete produtos ao longo de 2021. Convertendo em faturamento, a estimativa é atingir a marca de R$ 6 milhões até janeiro do ano que vem.

Apesar de o mix de produtos a serem lançados no curto prazo estar relacionado exclusivamente ao segmento de cuidados com a pele, o CEO não descarta incluir outros produtos do setor ao longo do tempo. “Começamos com skincare porque era a principal fonte de queixa do público que queremos atingir, mas não descartamos outros mercados no longo prazo”, diz Luiz.

Tudo isso para atingir um único objetivo: abolir, de uma vez por todas, o termo “anti-idade” das prateleiras. Se a Evi puder contribuir para isso, a missão da empresa estará cumprida, nas palavras do executivo.

Potencial para explorar o mercado brasileiro, não falta: segundo dados da Euromonitor Internacional, o Brasil é o 4º maior mercado consumidor de produtos de beleza, com faturamento de R$ 28 milhões em 2020 -- valor que deve chegar a R$ 29 milhões nos próximos três anos.

 

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