5 histórias de quem largou o emprego para abrir um negócio
Conheça a trajetória de empreendedores que largaram a carreira para apostar em seus sonhos
Da Redação
Publicado em 29 de maio de 2011 às 12h47.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h33.
Em 2007, depois de ver uma reportagem na televisão sobre meditação, Cíntia Sanches Lima decidiu largar o estressante emprego de executiva de marketing e embarcou em uma viajem de autodescoberta para o Nepal, como a escritora americana Elizabeth Gilbert, do best-seller que virou filme Comer, Rezar, Amar. Na volta ao Brasil, mais “calma e doce”, Cíntia ainda não tinha ideia do que faria da vida até assistir ao filme Chocolate. Inspirada pela personagem de Juliette Binoche, decidiu montar sua própria chocolateria. Para chegar ao modelo ideal, a empreendedora visitou negócios do ramo em Nova York e no Canadá, além de fazer dois cursos de “chocolatier”. Voltada ao publico A, a Chocolat des Arts começou a operar no final de 2008, fruto de um investimento de 500 mil reais. Cada cliente gasta em média 80 reais em uma visita à loja.
Com 27 anos, Felipe Mansano e Lucas Mendes deixaram seus empregos no mercado financeiro para mergulhar no universo da beleza. “A gente sempre acreditou no potencial de crescimento do setor de beleza e da nova classe média”, explica Mendes. Depois de um ano e meio de pesquisas, a dupla criou a MissBela, que funciona como uma franquia de conversão, em que se aplica a marca em uma salão de beleza já existente. O alvo são salões de bairro voltados para a classe C, com faturamento mensal entre R$ 20 mil e R$ 40 mil. Para converter o salão à bandeira, passando a contar com suporte em marketing, treinamento e gestão, o salão tem que fazer um investimento de R$ 15 mil de taxa de franquia, mais três salários mínimos mensais de royalties e taxa de publicidade. Em troca, o salão pode ter um aumento de até 30% no faturamento. Os empreendedores pretendem converter 10 salões ao modelo até o final do ano.
Ela era professora de inglês e ele, publicitário. Largaram a vida no Brasil para estudar em uma das mais renomadas escolas de gastronomia do mundo, a Le Cordon Bleu.Celia Miranda Mattos e Gustavo Dalla Colletta fizeram as malas e se mudaram para Paris, em 2005. No ano seguinte, compraram um apartamento e aproveitaram a formação de chef para fazer uma cozinha especial. Foi então que surgiu o Chez Nous Chez Vous. m um apartamento à margem do Sena, o casal, que já foi destaque do The New York Times, cozinha para um pequeno grupo de convidados dentro de casa. Sem dias ou horários fixos, é preciso reservar a única mesa com uma semana de antecedência. O público é majoritariamente formado por brasileiros em viagem à Cidade Luz, que ficaram sabendo do local por outros viajantes. Os clientes pagam até 120 euros por um jantar degustação de sete etapas, garantindo ao casal um faturamento anual de 100 mil euros.
Com apenas 26 anos, David Pinto abandonou o emprego de diretor em uma rede de franquias de alimentação e criou a Dr. Resolve Reparos e Reformas, rede que já conta com quase 150 unidades entre franquias operacionais e em processo de instalação. A história começou com uma reforma em seu apartamento, no início do ano passado. “Passei por todos aqueles problemas que quem faz uma obra passa: atrasos, serviço mal-feito, falta de comprometimento”, conta. Pinto transformou o desfio em oportunidade, criando uma franquia oferece serviços de pintura, elétrica, alvenaria, hidráulica e jardinagem em residências e espaços comerciais. Menos de um ano após sua estreia, a rede já fatura R$ 3 milhões ao mês e tem planos de encerrar o ano com receita de R$ 100 milhões, com 300 unidades em operação. “O mercado de construção vive um momento fantástico, crescendo dois dígitos há vários anos, e a tendência é continuar”, justifica o empreendedor.
Caçula do Comandante Rolim Amaro, fundador da TAM, o jovem Marcos Amaro tinha, naturalmente, emprego garantido na companhia. O jovem chegou a se preparar para assumir um posto na companhia, mas deixou de lado o ramo da aviação para investir em uma variedade de negócios que vão desde óculos até filosofia. Com apenas 21 anos adquiriu representações de marcas renomadas no segmento de ótica e logo em seguida fundou a empresa WL (World of Luxury), focada no segmento. Dois anos mais tarde, em 2008, arrematou por 40 milhões de reais a rede Óticas Carol, então com 220 lojas. Ainda dentro do segmento ótico, apostou em uma nova rede focada em óculos de sol, a Op Art, com conceito de marca idealizado pela W Brasil e lojas desenhadas por Ruy Ohtake. Mas os negócios de Marcos não se restringem aos óculos. Ele também fundou a gestora de investimentos Arbela e, estudando filosofia, decidiu fundar o Instituto Brasis – Estudos e Ações, que tem por objetivo discutir e propor soluções para os problemas sociais do Brasil. Como resultado de um dos projetos do instituto, que transformou moradores de rua em fotógrafos, abriu A Galeria, espaço para exposições de fotografia na Oscar Freire, em São Paulo.