PME

4 desafios de investir em franquias no interior

Especialistas listam recomendações para empresários que desejam abrir franquias no interior dos estados

São Paulo (Diego Vito Cervo/Dreamstime.com)

São Paulo (Diego Vito Cervo/Dreamstime.com)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de março de 2014 às 11h26.

São Paulo – Custos com locação mais baixos e população com renda. Esses são alguns dos principais motivos que estão levando marcas de franquias a expandir para cidades no interior do país. “Hoje, o interior é uma grande realidade e que tem uma relação custo-benefício muito interessante para uma franquia”, afirma André Friedheim, diretor da Francap.

Como se as condições não bastassem, o retorno nestes locais pode ultrapassar o das grandes cidades. A rede Vivenda do Camarão é um exemplo disso. Hoje, a marca tem quase 20% dos seus restaurantes em cidades do interior. “A gente tem expandido para o interior porque tem se mostrado um excelente mercado, o franqueado pode ter resultado até mesmo superior ao das capitais”, explica Diego Perri, sócio diretor da Vivenda do Camarão. 

Entretanto, investir em uma franquia requer determinação e disciplina por parte do franqueado. Por isso, é preciso uma pesquisa sobre a região, a infraestrutura da franqueadora, o acesso da cidade e a logística para abastecimento do estoque. Abaixo veja outros desafios que empreendedores devem se atentar.

1. A capacidade de atração da cidade

O franqueado precisa entender qual é a capacidade de atração da cidade que deseja atuar e das cidades ao redor. De acordo com Friedheim, no caso de franquias de alimentação, o fluxo não pode ter como base somente a população local. “População no interior está acostumada a almoçar em casa, por exemplo”, explica.

Por isso, ele recomenda que o empresário pesquise sobre o fluxo das cidades vizinhas e também eventos que possam atrair um número interessante de consumidores.

2. Risco de rejeição por parte da população

A vantagem da franquia é que, muitas vezes, as pessoas já confiam na marca e no produto. Entretanto, a aceitação da chegada de uma nova marca nas cidades do interior pode levar um tempo. “O trabalho de marketing tem que ser mais agressivo. Promover eventos com grupos de consumidores daquela região. Fazer uma degustação, por exemplo”, explica Cláudia Bittencourt, diretora geral do Grupo Bittencourt.


Para Friedheim, a rejeição é um risco que existe para qualquer tipo de negócio. Por isso, é importante o franqueado se posicionar por meio de ações mercadológicas.

3. Potencial de consumo do produto ou serviço

Uma cidade com um aumento de shoppings centers é um sinal verde para a economia daquela região. “Pode até acontecer de ter uma demanda reprimida na região, mas geralmente é uma percepção errada. É preciso avaliar a concorrência local”, recomenda Cláudia.

O perfil dos consumidores pode ser pouco diferente do que a própria franqueadora já tem conhecimento. No caso da Vivenda do Camarão, Perri explica que no interior percebe-se que o consumo da marca é voltado para o lazer e é preciso saber lidar com esses diferenciais do público consumidor.

4. Alcançar o ponto de equilíbrio no prazo

Quando o franqueado decide investir no interior e a marca ainda não é reconhecida pela população local, o ponto equilíbrio pode demorar ainda mais. “Não pode ficar desanimado, tem que botar a mão na massa. Não é porque é ser franquia que vai ser mais fácil”, explica Cláudia.

Acompanhe tudo sobre:dicas-para-seu-negocioEmpreendedoresEmpreendedorismoFranquiasPequenas empresas

Mais de PME

ROI: o que é o indicador que mede o retorno sobre investimento nas empresas?

Qual é o significado de preço e como adicionar valor em cima de um produto?

O que é CNAE e como identificar o mais adequado para a sua empresa?

Design thinking: o que é a metodologia que coloca o usuário em primeiro lugar

Mais na Exame