WorldCom diz que sai da concordata em setembro
A americana WorldCom anunciou hoje, nos Estados Unidos, que chegou a um acordo com seus credores para sair da concordata. De acordo com o Wall Street Journal, a companhia entregou seu plano de reestruturação a ao tribunal de falências de Nova York e pretende sair da concordata antes de setembro. Além disso, mudará seu nome […]
Da Redação
Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.
A americana WorldCom anunciou hoje, nos Estados Unidos, que chegou a um acordo com seus credores para sair da concordata. De acordo com o Wall Street Journal, a companhia entregou seu plano de reestruturação a ao tribunal de falências de Nova York e pretende sair da concordata antes de setembro. Além disso, mudará seu nome para MCI e converteu parte de suas dívidas em ações - passando, assim, parte do controle da empresa para instituições financeiras.
No Brasil, a WorldCom controla a Embratel, operadora de telefonia de longa distância.
De acordo com a reportagem do Wall Street, a companhia teria acertado o plano de reestruturação com 90% de seus credores, chegando a um consenso mais rápido do que se esperava - já que se trata do maior pedido de falência da história. Pelos termos do acordo, a dívida da WorldCom seria reduzida para um patamar entre 4,5 bilhões e 5,5 bilhões de dólares - o que significa que quase 90% da dívida total da empresa será sanada.
Mesmo com uma dívida mais leve, a WorldCom ainda deve enfrentar um período complicado. A empresa foi parcialmente condenada pela SEC por fraude contábil e ainda enfrenta processos civis. Para atrair novos investidores será preciso provar que é capaz de lucrar num mercado - o de telefonia de longa distância - sobre o qual muitos analistas são pessimistas. Para completar, a WorldCom terá de enfrentar a competição das operadoras locais americanas, que agora podem prestar serviços de telefonia de longa distância.
A mudança de nome para MCI, companhia de telefonia de longa distância adquirida pela WorldCom em 1998, tem o objetivo de afastar a imagem da companhia de sua antiga diretoria e da imagem de empresa fraudulenta. Desde que entrou em concordata, em julho do ano passado, as vendas da WorldCom caíram mensalmente, o que provocou uma queda de 26% na receita anual da companhia.