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Volks inicia demissões e fábrica de São Bernardo decreta greve

Montadora anuncia corte de 1 800 pessoas. Empregados decretam greve por tempo indeterminado

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.

A Volkswagen comunicou, nesta terça-feira (29/8), a demissão de 1 800 funcionários da fábrica de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. De acordo com a montadora, os cortes atingiram 1 300 pessoas da fábrica, além de 500 alocadas no centro de capacitação da Volks. Os cortes, porém, só serão efetivados a partir de 21 de novembro, quando vence o acordo assinado entre a montadora e o sindicato dos metalúrgicos, que garante estabilidade aos funcionários dessa unidade até esta data.

Em reação, os empregados decretaram greve por tempo indeterminado, após uma rápida assembléia no pátio da fábrica de São Bernardo. A paralisação já começa a valer a partir de hoje. Os funcionários do turno da tarde - aqueles que iniciam o expediente às 15 horas - entrarão nas instalações, mas não trabalharão.

A planta de São Bernardo é a mais antiga da montadora no Brasil e está no centro da disputa entre funcionários e a empresa, que pretende implantar um plano de reestruturação de suas operações no país. A proposta prevê o corte de pelo menos 3 600 vagas em São Bernardo e a redução de benefícios. O plano é rejeitado pelo sindicato dos metalúrgicos e pelos funcionários. Se a resistência persistir, a Volks ameaça ampliar os cortes para até 6 100 pessoas - o que causaria o fechamento gradual da unidade.

Atualmente, a fábrica emprega 12 000 funcionários, sendo 8 000 na linha de produção e o restante na área administrativa. A planta produz os modelos Gol, Saveiro, Kombi, Polo e Fox.

A queda-de-braço em torno das demissões já envolveu também o governo. Ontem, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) suspendeu um financiamento de 497 milhões de reais à Volks. O crédito já havia sido aprovado, mas foi suspenso enquanto a montadora não concluir as negociações com os empregados. O BNDES alega que, durante a análise da operação, não foi informado dos planos da Volks de fechar uma de suas unidades.

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