Da Redação
Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.
Depois de anos brigando por espaço entre os cidadãos afeitos ao consumo, garantindo mais prazo nos pagamentos e crédito para quem deseja gastar mais, a Visa agora está de olho em nova clientela -- os governos -- com o discurso inverso: a possibilidade de economizar. "Os cartões conferem transparência às transações e podem cortar custos de forma expressiva", diz Malcolm Williamson, presidente da Visa International, que esteve no Brasil para uma visita relâmpago a clientes e parceiros, no começo do mês. A economia seria possível porque os meios eletrônicos agilizam e até eliminam dezenas de operações, como as requisições de compras, a emissão e o transporte de cheques para pagamento de fornecedores e o arquivamento de notas fiscais -- o que também reduziria o risco de fraudes (veja matéria na pág. 111).
De acordo com Williamson, o governo americano economiza 1,2 bilhão de dólares anualmente com os cartões. Entre os governos que estudam a digitalização das operações estão o brasileiro e o chileno. Os dados citados pelo executivo constam da pesquisa Círculo Virtuoso: Pagamentos Eletrônicos e Crescimento Econômico, um estudo realizado em 50 países pela consultoria Global Insight, por encomenda da Visa. Veja outras conclusões do trabalho:
10 TRILHÕES DE DOLARES foram injetados na economia americana nos últimos 20 anos graças ao aumento de consumo viabilizado pelos cartões
20% foi quanto cresceu a receita do metrô de Moscou com o uso de cartões com chip no lugar de passagens estudantis
24% dos australianos não usam o cartão de crédito uma única vez no mês, o que indica a gestão mais racional das finanças pessoais
70% da população do planeta não tem conta bancária, mas pode entrar no sistema financeiro com o uso de cartões