Negócios

Vice do BNP Paribas deixará banco em meio a investigação

Georges Chodron de Courcel deve deixar o banco no fim de junho e se aposentar completamente em 30 de setembro


	As autoridades dos EUA investigam se o BNP infringiu sanções dos EUA
 (Loic Venance/AFP)

As autoridades dos EUA investigam se o BNP infringiu sanções dos EUA (Loic Venance/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de junho de 2014 às 08h22.

Paris - O vice-presidente operacional do BNP Paribas irá deixar o banco no fim de junho e se aposentar completamente em 30 de setembro, anunciou o banco francês nesta quinta-feira, conforme luta com autoridades norte-americanas sobre uma potencial multa de 10 bilhões de dólares.

O regulador bancário dos Estados Unidos pediu a saída do executivo Georges Chodron de Courcel, como parte de um acordo por acusações de violações de sanções contra o Irã, Sudão e outros países, disse uma pessoa familiarizada com o assunto à Reuters em 5 de junho.

O BNP Paribas não mencionou a investigação no anúncio. Uma porta-voz do banco disse que o executivo planejava se aposentar neste ano de qualquer forma e não iria comentar sobre os procedimentos nos EUA.

O banco disse que Chodron de Courcel "devotou toda sua carreira de 42 anos ao BNP e então ao BNP Paribas, e fez uma contribuição decisiva ao desenvolvimento do grupo, e especialmente ao projeto que eventualmente levou a criação da nova entidade BNP Paribas."

Na quarta-feira, uma pessoa familiarizada com o assunto disse que Vivien Levy-Gaboua, um conselheiro sênior e ex-chefe de compliance do banco francês, também está entre as pessoas no alvo de Benjamin Lawsky, superintendente do Departamento de Serviços Financeiros de Nova York.

As autoridades dos EUA investigam se o BNP infringiu sanções dos EUA entre 2002 e 2009, e se ele escondeu informações de identificação de transferências bancárias para que pudessem passar pelo sistema financeiro dos EUA, sem levantar suspeitas.

Acompanhe tudo sobre:BancosBNP ParibasEmpresasEmpresas francesasEstados Unidos (EUA)FinançasPaíses ricos

Mais de Negócios

A malharia gaúcha que está produzindo 1.000 cobertores por semana — todos para doar

Com novas taxas nos EUA e na mira da União Europeia, montadoras chinesas apostam no Brasil

De funcionária fabril, ela construiu um império de US$ 7,1 bilhões com telas de celular para a Apple

Os motivos que levaram a Polishop a pedir recuperação judicial com dívidas de R$ 352 milhões

Mais na Exame