Exame Logo

Vendas em 2013 começaram abaixo do esperado, diz Hypermarcas

Os feriados e a incerteza quanto a novos impostos pesaram sobre a demanda da companhia no início do ano

Hypermarcas: a empresa de bens de consumo reafirmou, apesar da menor demanda, sua meta de lucro operacional (Germano Lüders/EXAME)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de março de 2013 às 15h49.

São Paulo - O presidente-executivo da empresa de bens de consumo Hypermarcas afirmou nesta segunda-feira que a companhia teve um início de ano de vendas mais fracas que o esperado, mas reafirmou sua meta de lucro operacional em 2013.

Fortes vendas na divisão farmacêutica levaram a um lucro melhor que o esperado no final de 2012, mas um calendário de feriados mais difícil e incerteza sobre novos impostos sobre ingredientes importados pesaram sobre a demanda no início deste ano.

"Acreditamos que estes fatores devem ser compensados no decorrer do ano, mas, neste momento, parece que o crescimento do primeiro trimestre vai ficar abaixo de nossas expectativas", disse o presidente-executivo da Hypermarcas, Claudio Bergamo, em teleconferência com analistas.

Apesar disso, a Hypermarcas continua mirando em um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de 950 milhões de reais em 2013, alta de 10 por cento sobre 2012.

Crescente frustração com o baixo crescimento do Brasil pode eventualmente fortalecer a posição estratégica da Hypermarcas, indicou Bergamo, depois de uma década de forte expansão econômica que atraiu atenção de grandes competidores globais.

"Muitos estrangeiros no Brasil ficaram assustados ao descobrir que o país é complexo e onde é difícil competir. E a euforia inicial está começando a resfriar. Eu atualmente vejo um ambiente menos competitivo agora do que tivemos nos últimos dois anos", afirmou o executivo.

Às 13h49, as ações da Hypermarcas exibiam queda de 0,17 por cento, enquanto o Ibovespa tinha perda de 0,89 por cento.


Perguntado sobre a possível venda do laboratório farmacêutico rival Aché, Bergamo afirmou que a Hypermarcas continua focada em crescimento orgânico e que não está participando do processo de ofertas.

"Uma eventual fusão com a Aché poderia fazer sentido estratégico para ambas as empresas, dada a grande complementariedade da linha de produtos", disse o executivo. "Mas é preciso fazer uma detalhada avaliação para se ter certeza que seria vantajoso para os acionistas da Hypermarcas." A Hypermarcas passou o ano passado revendo suas operações para gerar mais caixa depois que mais de 20 aquisições desde 2008 elevaram o endividamento e pesaram sobre a rentabilidade.

Empresas globais do setor farmacêutico como GlaxoSmithKline Plc, Novartis, Pfizer e Abbott Laboratories estão entre as interessadas na Aché, que pode ser vendida por 3 bilhões de dólares ou mais, disseram fontes à Reuters no mês passado.

Representantes da Aché e das quatro companhias não comentaram o assunto.

Veja também

São Paulo - O presidente-executivo da empresa de bens de consumo Hypermarcas afirmou nesta segunda-feira que a companhia teve um início de ano de vendas mais fracas que o esperado, mas reafirmou sua meta de lucro operacional em 2013.

Fortes vendas na divisão farmacêutica levaram a um lucro melhor que o esperado no final de 2012, mas um calendário de feriados mais difícil e incerteza sobre novos impostos sobre ingredientes importados pesaram sobre a demanda no início deste ano.

"Acreditamos que estes fatores devem ser compensados no decorrer do ano, mas, neste momento, parece que o crescimento do primeiro trimestre vai ficar abaixo de nossas expectativas", disse o presidente-executivo da Hypermarcas, Claudio Bergamo, em teleconferência com analistas.

Apesar disso, a Hypermarcas continua mirando em um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de 950 milhões de reais em 2013, alta de 10 por cento sobre 2012.

Crescente frustração com o baixo crescimento do Brasil pode eventualmente fortalecer a posição estratégica da Hypermarcas, indicou Bergamo, depois de uma década de forte expansão econômica que atraiu atenção de grandes competidores globais.

"Muitos estrangeiros no Brasil ficaram assustados ao descobrir que o país é complexo e onde é difícil competir. E a euforia inicial está começando a resfriar. Eu atualmente vejo um ambiente menos competitivo agora do que tivemos nos últimos dois anos", afirmou o executivo.

Às 13h49, as ações da Hypermarcas exibiam queda de 0,17 por cento, enquanto o Ibovespa tinha perda de 0,89 por cento.


Perguntado sobre a possível venda do laboratório farmacêutico rival Aché, Bergamo afirmou que a Hypermarcas continua focada em crescimento orgânico e que não está participando do processo de ofertas.

"Uma eventual fusão com a Aché poderia fazer sentido estratégico para ambas as empresas, dada a grande complementariedade da linha de produtos", disse o executivo. "Mas é preciso fazer uma detalhada avaliação para se ter certeza que seria vantajoso para os acionistas da Hypermarcas." A Hypermarcas passou o ano passado revendo suas operações para gerar mais caixa depois que mais de 20 aquisições desde 2008 elevaram o endividamento e pesaram sobre a rentabilidade.

Empresas globais do setor farmacêutico como GlaxoSmithKline Plc, Novartis, Pfizer e Abbott Laboratories estão entre as interessadas na Aché, que pode ser vendida por 3 bilhões de dólares ou mais, disseram fontes à Reuters no mês passado.

Representantes da Aché e das quatro companhias não comentaram o assunto.

Acompanhe tudo sobre:ComércioConsumoEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasHypera Pharma (Hypermarcas)Indústrias em geralVarejo

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Negócios

Mais na Exame