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Varig deve anunciar novo presidente na quarta-feira

A principal acionista da Varig, a Fundação Ruben Berta deverá anunciar nesta quarta-feira (27/11) o nome do novo presidente da companhia. Ele sucederá o economista gaúcho Arnim Lore, que nesta segunda-feira (25) comunicou sua renúncia da presidência da Varig -na véspera, ele já se desligara do Conselho de Administração da FRB-Par, a holding que controla […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

A principal acionista da Varig, a Fundação Ruben Berta deverá anunciar nesta quarta-feira (27/11) o nome do novo presidente da companhia. Ele sucederá o economista gaúcho Arnim Lore, que nesta segunda-feira (25) comunicou sua renúncia da presidência da Varig -na véspera, ele já se desligara do Conselho de Administração da FRB-Par, a holding que controla o grupo. Uma fonte ligada à fundação disse ao Portal EXAME que o mais provável é que um dos atuais diretores da companhia assuma interinamente a presidência da Varig.

Além de anunciar o novo presidente, os curadores da Fundação Ruben Berta, entidade que pertence aos funcionários da empresa, deverão esclarecer nesta quarta-feira, no Rio de Janeiro, por que se recusaram a assinar o memorando de entendimentos com os maiores credores do grupo. O documento foi apresentado pelo Conselho de Administração da FRB-Par, a holding que controla das empresas do grupo, como o primeiro passo para a execução do plano de reestruturação da companhia, que passa por uma grave crise financeira.

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Segundo a mesma fonte ouvida pelo Portal EXAME, ao contrário do que os quatro conselheiros demissionários da FRB-Par disseram, não haverá entrada de novos recursos no caixa da Varig. "Caso o BNDES realize um novo aporte, esse dinheiro iria direto para os credores", afirma. "O memorando parece uma peça de ficção. Assiná-lo seria uma loucura que tornaria a situação da Varig ainda pior." Para a Fundação Ruben Berta, ações tomadas em 2001, como a demissão de 15% da folha de pagamento e a renegociação de dívidas como a junto à Boeing, mostram que o comando da Varig já estava voando na direção certa antes da posse de Lore. "Até mesmo a integração da malha aérea já estava decidida. Ele só a implantou", afirma a fonte.

"Acusar a Varig de passar por um problema de governança corporativa é muito leviano." As dificuldades atuais da Varig, segundo ela, estariam relacionadas ao impacto dos atentados de 11 de setembro sobre o transporte aéreo e a acentuada alta do dólar, que afeta, entre outras coisas, a venda de bilhetes internacionais e o preço dos combustíveis. Clique aqui para ler a crítica dos conselheiros e de Lore.

A agência de classificação de risco Standard & Poors rebaixou nesta terça-feira o rating da RG Receivables, companhia de propósito especial associada à Varig S.A. de "B-" para "CCC+" após os controladores da companhia aérea terem rejeitado um acordo com credores.

"O rebaixamento vem de um significativo aumento de incerteza e risco em relação às negociações entre a administração da Varig, os donos da companhia e seus credores sobre a reestruturação do oneroso peso de sua dívida", disse a agência em comunicado.

Governo

O ministro do Desenvolvimento, Sérgio Amaral, disse que o governo está aberto a propostas que a Varig venha a apresentar, mas ressaltou que não há possibilidade de ajudá-la sem que seja apresentado um plano de reestruturação, comprovando a viabilidade financeira da empresa.

Ele lamentou que a Fundação Rubem Berta tenha recusado o plano de reestruturação apresentado pela diretoria da Varig. "Nós recebemos com surpresa e mesmo com perplexidade a rejeição dos entendimentos que haviam sido negociados e construídos ao longo dos últimos meses entre a direção da Varig e o Comitê de Credores, com ajuda do BNDES", afirmou. Ele disse, entretanto, que a empresa pode apresentar outro tipo de proposta, que será analisada pelo governo. Sem o apoio da fundação para o plano apresentado na semana passada, comentou Amaral, a questão volta à "estaca zero".

Amaral lembrou que "em nenhum momento o governo acenou com a idéia de que poderá prestar um apoio à Varig sem a sua reestruturação, que demonstre a capacidade de recuperação de sua viabilidade econômico-financeira".

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