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Vale pode comprar francesa Eramet, diz <I>The Wall Street Journal</I>

Negócio reabre debate entre investidores sobre a conveniência de a companhia brasileira diversificar suas operações para além da exploração do minério de ferro

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h41.

A Companhia Vale do Rio Doce segue em sua estratégia de diversificação e está considerando a compra da companhia francesa de mineração e metalurgia Eramet. A informação foi publicada pelo diário americano The Wall Street Journal desta sexta-feira (26/8). A Eramet fornece para companhias como a Boeing e a Airbus e possui grandes operações com níquel e ligas de manganês. Seu valor de mercado atinge 2,8 bilhões de dólares.

Mas um acordo ainda não está próximo, informa o Wall Streetl. Qualquer transação envolveria muitas partes, incluindo o estado francês, que controla 28% do capital da Eramet, e a família Duval, proprietária de 37.2% das ações. Porta-vozes de ambas companhias negaram que haja negociações em curso.

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O mero anúncio das intenções da Vale, no entanto, deve reabrir o debate entre investidores e analistas sobre a conveniência de a companhia brasileira diversificar suas operações para outros metais, uma estratégia impulsionada pelo presidente Roger Agnelli (leia reportagem de EXAME sobre a gestão de Agnelli à frente do maior fenômeno do capitalismo brasileiro). Alguns grandes investidores, diz o Wall Street, preferem que a Vale permaneça focada no negócio de minério de ferro, em que as margens de lucro são substancialmente maiores do que na exploração de outros metais.

A Vale passou recentemente a investir em grandes minas de cobre e níquel no Brasil. No ano passado, iniciou negociações para comprar a canadense Noranda, uma das maiores produtoras mundiais de zinco e níquel e com importante participação mundial na exploração de cobre. Mas as conversações não foram bem-sucedidas.

Com um valor de mercado que atingiu quase 40 bilhões de dólares no final de fevereiro, a Vale se transformou na maior empresa privada da América Latina e disputa o terceiro lugar entre as maiores do mundo com a Anglo American, atrás das australianas BHP Billiton e Rio Tinto. As reservas de minério de ferro da Vale, BHP e Rio Tinto, somadas, correspondem a 74% do mercado global.

Segundo The Wall Street Journal a indústria mundial de mineração está apostando que a crescende demanda chinesa por commodities vai continuar elevando os preços dos metais no longo prazo, o que impulsiona uma onda de aquisições no setor.

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