Unidade de construção da Volvo se mantém com exportações

As vendas internas vão mal, mas as exportações para a Europa e os Estados Unidos vão bem. E foram exatamente essas vendas externas que salvaram uma das divisões da operação brasileira da Volvo, a de Equipamentos de Construção (VCE), dos números negativos no primeiro semestre deste ano. De janeiro a julho, as vendas para os Estados Unidos e a Europa renderam à VCE cerca de 23 milhões de dólares, um crescimento de 161% em relação ao mesmo período do ano passado para esses países. O faturamento total da VCE no primeiro semestre foi de 61,7 milhões de dólares _21,7% maior que o registrado no mesmo semestre de 2002.

As exportações aumentaram porque desde janeiro deste ano, a fábrica da VCE no Brasil, localizada em Pederneiras, interior de São Paulo, passou à frente de outras operações da empresa no mundo no quesito competitividade. Por esse feito, ela ganhou permissão da matriz, na Suécia, para aumentar seu fornecimento para os mercados americano e europeu. As exportações para os países vizinhos como Chile, Equador e Argentina no primeiro semestre cresceram 6%.

A produção da carregadeira L-50, por exemplo, uma das responsáveis pelo aumento das exportações da VCE no primeiro semestre, antes produzida aqui e na Suécia, está centralizada no Brasil desde janeiro. Para atender o mercado global, a fábrica de Pederneiras precisou contratar mais cem funcionários e aumentar em 30% o volume de horas trabalhadas.

O desempenho das vendas internas, porém, piorou. Até julho deste ano, elas foram de 21,2 milhões de dólares, uma queda de 17,5% se comparada à registrada no primeiro semestre de 2002. Essa queda não impedirá que o faturamento da divisão em 2003 supere os 101 milhões de dólares registrados no ano passado se o ritmo das exportações for mantido. A expectativa da VCE é que o faturamento seja de 123 milhões de dólares.

Para 2004, a divisão espera que o mercado interno volte a representar mais nas vendas com as eleições municipais e os investimentos do governo federal e do setor privado em infra-estrutura.