O governo pode anunciar em breve a isenção de PIS/COFINS sobre as vendas dos frigoríficos de carne para o mercado interno. Tais impostos aumentam atualmente o valor do boi gordo em 4,5% e a medida beneficiaria as companhias do setor, segundo avaliação de analistas.

Além de novas regras para a tributação de PIS/COFINS, há rumores de que seja incluído nas mudanças o pagamento e compensação do crédito presumido dos frigoríficos nacionais. Enquanto a isenção dos impostos se volta a empresas atuantes apenas no Brasil, o crédito presumido beneficiaria também o mercado externo.

"Caso seja aprovada, a medida deve acelerar as vendas de carne bovina e favorecer as empresas no setor, que vêm trabalhando com vendas fracas e margens baixas", afirmou a SLW.

A corretora ressaltou ainda que foi aprovada pelo governo uma linha de 10 bilhões de reais a um custo baixo (11,25% ao ano) através do BNDES, a fim de financiar o capital de giro das empresas do setor que estão em dificuldades.

A Ativa concordou que as medidas do governo têm potencial para serem positivas aos frigoríficos. Para a equipe, as empresas terão prazos de devolução dos créditos presumidos definidos e, assim, será possível utilizá-los de diversas formas, como crédito com instituições financeiras.

A isenção de PIS/COFINS, por sua vez, pode reduzir as diferenças de condições competitivas no setor entre empresas de menor porte, voltadas para o mercado interno, em relação às de grande porte e que têm acesso ao mercado externo.

"Esperamos a confirmação da notícia bem como seu detalhamento para que possamos mensurar o impacto para as companhias de capital aberto, JBS, Marfrig e Minerva, que poderiam ser potencialmente beneficiados, porém em menor grau em comparação aos frigoríficos que atuam somente no mercado interno", disse.