Toyota mira produção de carros elétricos para longa distância
Rivais como Nissan, Volkswagen e Tesla Motors já anunciaram carros elétricos como os veículos de emissão zero mais viáveis para o futuro
Reuters
Publicado em 7 de novembro de 2016 às 13h19.
Última atualização em 30 de dezembro de 2016 às 16h57.
Tóquio - A montadora japonesa Toyota mira a produção em larga escala de veículos elétricos para longa distância, que devem chegar ao mercado por volta de 2020, informou o jornal Nikkei na edição desta segunda-feira.
Rivais como Nissan, Volkswagen e Tesla Motors já anunciaram carros elétricos como os veículos de emissão zero mais viáveis para o futuro. A Toyota, por sua vez, disse que reservaria os automóveis elétricos para curta distância, tendo em vista o preço elevado das baterias recarregáveis e o tempo demandado para recarga.
A decisão de incluir em sua linha de produção veículos elétricos de longo alcance significa uma dramática mudança de estratégia para montadora, que tinha os modelos híbridos e os automóveis movidos a células a combustível hidrogênio como principais alternativas aos carros convencionais.
Sem citar fontes, o Nikkei informa que a Toyota montará uma equipe no início de 2017 para o desenvolvimento de automóveis elétricos com capacidade para percorrer mais de 300 quilômetros com uma única carga. Ainda segundo o jornal, a Toyota pretende iniciar a comercialização dos modelos elétricos de longa distância em 2020 no Japão e também em outros mercados, como Estados Unidos e China.
Procurada, a Toyota não confirmou nem negou a informação, mas se recusou a comentar os planos de desenvolvimento de produtos. Em resposta por email, a empresa revelou que continua investindo em várias tecnologias para eficiência combustível, incluindo, modelos elétricos.
A companhia prometeu converter todos os automóveis para emissão zero até 2050. Especialistas do setor afirmam que as regulamentações na Califórnia, mercado amplamente considerado como referência em emissão global, e os esforços da China para expandir o uso de carros elétricos podem estar por trás da decisão tomada pela Toyota.