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Da Redação
Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.
As três concessionárias de telefonia fixa (Brasil Telecom, Telefônica e Telemar) estão mais do que empenhadas em reverter a decisão da americana MCI de vender sua controlada Embratel à Telmex. Depois de recorrer à justiça americana e visitar o ministro das Comunicações, elas tentam agora ganhar a opinião pública.
Em anúncios veiculados nos principais jornais do país nesta sexta-feira (19/3), o consórcio liderado pela empresa de transmissão de dados corporativos Geodex lista as vantagens de sua proposta pela Embratel. O principal argumento, usado tanto nos anúncios quanto na reunião de ontem em Brasília, é que as três concessionárias não teriam o controle das ações com direito a voto na Embratel, mas sim a Geodex. O regulamento do setor de telecomunicações brasileiro proíbe que uma concessionária adquira o controle do outra, para evitar a concentração de mercado.
Os possíveis entraves regulatórios que teria de enfrentar foi o motivo de a MCI ter optado pela proposta da Telmex, mesmo que o valor tenha sido menor. Os mexicanos ofereceram 360 milhões de dólares pela operadora brasileira, enquanto o consórcio se dispõe a pagar 550 milhões.
O consórcio promete, no anúncio publicado hoje, manter os empregos da Embratel pelos próximos dois anos (cerca de 15 mil, entre cargos diretos e indiretos), assim como manter a marca da companhia e o seu código de longa distância (21). Às teles locais, caberia a área de transmissão de dados da empresa, que não é objeto de concessão por parte da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).