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Telefónica, Oi e Claro preparam oferta pela TIM Brasil

Segundo o jornal italiano Il Sole 24 Ore, grupo espanhol costura uma oferta conjunta com a Oi e a América Móvil para assumir a empresa

Pedestres passam em frente a uma loja da TIM em Ipanema, no Rio de Janeiro (Lianne Milton/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de janeiro de 2014 às 17h57.

Rio. - O grupo espanhol Telefónica costura uma oferta conjunta com a Oi e a América Móvil, dona da Claro , para assumir o comando da TIM Brasil, segundo o jornal italiano Il Sole 24 Ore. Em reação à informação, divulgada ontem, as ações das operadoras dispararam (com altas de até 27%) na BM&FBovespa.

De acordo com a publicação italiana, a operação estaria sendo coordenada pelo banco de investimentos BTG Pactual e poderia ter um desfecho ainda este mês. Caso seja confirmado, o negócio é estimado pelo mercado financeiro em 9 bilhões de euros.

Embora empresas e autoridades regulatórias tenham negado a transação, a notícia bateu em cheio no mercado de ações. Os papéis da Oi, pertencente à Portugal Telecom, a fundos de pensão de empresas estatais e à Andrade Gutierrez, tiveram a maior alta: 17,43% para as preferenciais (PN, sem direito a voto) e 27,07% para as ordinárias (ON, com voto). As ações da Vivo subiram 2,51%, enquanto os papéis da TIM Brasil avançaram 10,73%.

Desde setembro, quando a Telefónica anunciou, na Europa, a ampliação de sua participação na Telco - holding que controla a Telecom Italia, com 22,4% do capital votante -, o futuro da TIM Brasil está na berlinda. Tudo porque o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade, órgão que monitora a concorrência no País) está de olho no mercado de telefonia.

Em 2010, quando a Telefónica entrou no capital da Telecom Itália e, em movimento paralelo, comprou a parte da Portugal Telecom na Vivo (tornando-se a única dona da operadora líder no Brasil), o Cade firmou um acordo com os grupos espanhol e italiano, para evitar mais concentração no mercado brasileiro.

Em dezembro, o Cade aprovou as mudanças anunciadas na Europa em setembro, mas com restrições. Na prática, foram oferecidas duas alternativas. A primeira é que a Telefônica encontre um novo sócio estrangeiro para ocupar os 50% de capital da Vivo deixado pela Portugal Telecom e desista da compra do capital da Telco.


A segunda alternativa é justamente a venda, pela Telecom Italia, da TIM Brasil para uma empresa estrangeira que ainda não atue no País. Para o Cade, os espanhóis não podem estar à frente das duas maiores operadoras de celular do País.

De acordo com a reportagem desta sexta-feira do jornal italiano, a empresa espanhola deverá se reunir nos primeiros dias da próxima semana para fazer um balanço da situação e avaliar as condições de viabilidade do negócio. Segundo o Il Sole 24 Ore, o projeto visa à criação de um veículo local com as duas outras empresas para comprar a TIM Brasil e, então, dividi-la.

Em nota, a TIM informou que a Telecom Itália desconhece qualquer oferta de aquisição pela operadora brasileira, considerada pelo grupo de "suma importância".

O Cade e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) também informaram não ter recebido, para análise, nenhuma proposta de oferta da Telefónica para assumir o controle da TIM Brasil em conjunto com a América Móvil e a Oi.

Para a equipe de análise da corretora XP Investimentos, se a notícia for confirmada, é positiva para o setor. Principalmente, para as ações da TIM, que seria vendida. Porém, os analistas da corretora lembram que uma operação dessa natureza precisa de autorização dos órgãos reguladores.

De acordo com um estrategista de um banco nacional, a notícia, verdadeira ou não, turbina todas as ações do setor. O executivo classifica a operação como "dos sonhos", ao eliminar um dos competidores sem concentrar participação de mercado em qualquer um dos outros que restariam. Além disso, comenta, o valor estimado para a operação, de 9 bilhões de euros, é muito elevado.

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De acordo com a publicação italiana, a operação estaria sendo coordenada pelo banco de investimentos BTG Pactual e poderia ter um desfecho ainda este mês. Caso seja confirmado, o negócio é estimado pelo mercado financeiro em 9 bilhões de euros.

Embora empresas e autoridades regulatórias tenham negado a transação, a notícia bateu em cheio no mercado de ações. Os papéis da Oi, pertencente à Portugal Telecom, a fundos de pensão de empresas estatais e à Andrade Gutierrez, tiveram a maior alta: 17,43% para as preferenciais (PN, sem direito a voto) e 27,07% para as ordinárias (ON, com voto). As ações da Vivo subiram 2,51%, enquanto os papéis da TIM Brasil avançaram 10,73%.

Desde setembro, quando a Telefónica anunciou, na Europa, a ampliação de sua participação na Telco - holding que controla a Telecom Italia, com 22,4% do capital votante -, o futuro da TIM Brasil está na berlinda. Tudo porque o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade, órgão que monitora a concorrência no País) está de olho no mercado de telefonia.

Em 2010, quando a Telefónica entrou no capital da Telecom Itália e, em movimento paralelo, comprou a parte da Portugal Telecom na Vivo (tornando-se a única dona da operadora líder no Brasil), o Cade firmou um acordo com os grupos espanhol e italiano, para evitar mais concentração no mercado brasileiro.

Em dezembro, o Cade aprovou as mudanças anunciadas na Europa em setembro, mas com restrições. Na prática, foram oferecidas duas alternativas. A primeira é que a Telefônica encontre um novo sócio estrangeiro para ocupar os 50% de capital da Vivo deixado pela Portugal Telecom e desista da compra do capital da Telco.


A segunda alternativa é justamente a venda, pela Telecom Italia, da TIM Brasil para uma empresa estrangeira que ainda não atue no País. Para o Cade, os espanhóis não podem estar à frente das duas maiores operadoras de celular do País.

De acordo com a reportagem desta sexta-feira do jornal italiano, a empresa espanhola deverá se reunir nos primeiros dias da próxima semana para fazer um balanço da situação e avaliar as condições de viabilidade do negócio. Segundo o Il Sole 24 Ore, o projeto visa à criação de um veículo local com as duas outras empresas para comprar a TIM Brasil e, então, dividi-la.

Em nota, a TIM informou que a Telecom Itália desconhece qualquer oferta de aquisição pela operadora brasileira, considerada pelo grupo de "suma importância".

O Cade e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) também informaram não ter recebido, para análise, nenhuma proposta de oferta da Telefónica para assumir o controle da TIM Brasil em conjunto com a América Móvil e a Oi.

Para a equipe de análise da corretora XP Investimentos, se a notícia for confirmada, é positiva para o setor. Principalmente, para as ações da TIM, que seria vendida. Porém, os analistas da corretora lembram que uma operação dessa natureza precisa de autorização dos órgãos reguladores.

De acordo com um estrategista de um banco nacional, a notícia, verdadeira ou não, turbina todas as ações do setor. O executivo classifica a operação como "dos sonhos", ao eliminar um dos competidores sem concentrar participação de mercado em qualquer um dos outros que restariam. Além disso, comenta, o valor estimado para a operação, de 9 bilhões de euros, é muito elevado.

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