A Sul América quer ampliar a participação no mercado de automóveis em 2003. A meta é concentrar esforços para conquistar clientes em São Paulo, onde está metade dos 7,5 milhões de carros com seguro no Brasil. Até 2004, a empresa espera dobrar a carteira de clientes na capital paulista, reunindo meio milhão de segurados no segmento. Hoje, a cidade responde por 15% dos seguros de automóveis da empresa.

A busca por novos clientes começa em abril, quando tem início uma forte campanha publicitária. Estão previstos 5 milhões de reais de investimentos em mídia na cidade de São Paulo, cerca de 70% do total da verba voltada ao seguro de automóveis neste ano. Mas ampliar a participação nesse mercado também significa se armar para tirar clientes da concorrência. A melhor oportunidade para assinar um seguro de automóvel e o momento da venda de um carro zero , diz Jorge Bento, vice-presidente da Sul América. Como as vendas de veículos caíram 7,1% no ano passado, o segmento de seguro foi penalizado e registrou aumento de apenas 2,8%. Isso significa que, para crescer em São Paulo, a Sul América parte para a disputa com outras empresas do ramo. Os maiores concorrentes são a Porto Seguro, líder no mercado de seguros de automóveis em São Paulo, e o Bradesco, vice-líder amparado numa rede de agências. A Sul América é o sexto no ranking. Nossa estratégia é oferecer serviços diferenciados , diz Bento.

Um dos maiores aliados da empresa será a tecnologia. A Sul América montou uma das mais sofisticadas centrais de online para atender ocorrências e informar os clientes sobre o andamento dos processos. Está em teste um sistema de notificação por e-mails. Unidades móveis também oferecem assistência imediata. O perito chega ao local do acidente munido de lap-top, câmara digital e impressora portátil com sensor ótico, o que agiliza o desembaraço do veículo. A empresa também formou uma rede de oficinas autorizadas onde tudo, inclusive o preço de cada peça, está registrado num cadastro que pode ser acessado pela internet. O papel e a burocracia nos seguros são coisa do passado , diz Bento. Resta saber se toda essa parafernália tecnológica se refletirá em mais apólices.