Standard & Poor;s rebaixa rating da Globopar
A Standard & Poors rebaixou de B+ para B os ratings de crédito corporativos da Globopar e de sua unidade TV Globo Ltda. Os ratings das duas empresas na Escala Nacional Brasil foram rebaixados de brBBB+ para brBBB- e removidos do CreditWatch, onde foram incluídos em fevereiro de 2002. A perspectiva do rating é negativa. […]
Da Redação
Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.
A Standard & Poors rebaixou de B+ para B os ratings de crédito corporativos da Globopar e de sua unidade TV Globo Ltda. Os ratings das duas empresas na Escala Nacional Brasil foram rebaixados de brBBB+ para brBBB- e removidos do CreditWatch, onde foram incluídos em fevereiro de 2002. A perspectiva do rating é negativa.
Em comunicado oficial, a Standard & Poors afirma que o rebaixamento "reflete as crescentes preocupações com o contínuo dreno de caixa pelas subsidiárias não televisivas em meio a um mercado publicitário desfavorável e as dificuldades decorrentes de um ambiente macroeconômico desafiador a serem enfrentadas pelo grupo em seus esforços para produzir uma recuperação significativa nos lucros, no fluxo de caixa e nos índices financeiros, e conduzir de forma satisfatória seu plano estratégico e financeiro."
A instituição ressalta ainda que o resultado da transmissão da Copa do Mundo pela Globo não foi positivo na geração de caixa líquida.
"Apesar do sucesso da seleção brasileira, o resultado foi negativo por causa dos elevados pagamentos antecipados pelos direitos de cobertura e porque a maior parte da publicidade já havia sido negociada e precificada com antecedência", diz a nota da Standard.
A Globopar conseguiu rolar boa parte da sua dívida no primeiro semestre deste ano, mas as incertezas da economia brasileira -- lê-se: geração de receita com anunciantes -- complica a credibilidade da companhia junto aos investidores.
A Standard & Poors reconhece que a Glopopar está tomando as medidas necessárias para se adequar à nova lei de mídia do Brasil. A empresa já iniciou um processo de redução de custos e está implementando uma estratégia de negócios mais orientada a resultados.
Mesmo assim, em função do valor da dívida -- a relação EBITDA sobre endividamento chegou ao pico de 30 vezes em 2001, e era de 28 vezes para os últimos 12 meses encerrados em março de 2002 --, a instituição desconfia que tais ações não serão suficientes para conduzir a empresa a uma recuperação substancial.