Wilson, Sons assume logística do herbicida da Monsanto

Depois de ter driblado fortes concorrentes como a ALL e DHL no processo de logística industrial da VCP, em agosto do ano passado, a divisão de logística nacional do grupo Wilson, Sons acaba de fechar um contrato com a Monsanto para gerenciar toda a cadeia de suprimentos do Herbicida Roundup. Desta vez, o grupo deixou para trás operadores como a Vale do Rio Doce e a Estrada.

O grupo Wilson, Sons já era responsável há dois anos pela transferência da matéria-prima para a produção do herbicida da unidade localizada no Pólo Petroquímico de Camaçari, na Bahia, até o embarque para cabotagem no Tecon Salvador. "O conhecimento do nosso trabalho nos possibilitou ser convidados para fazer o projeto", diz Mario Medeiros, responsável pela área de logística do Norte e Nordeste, da Wilson, Sons. "Demos início ao trabalho em janeiro de 2003, assinamos o contrato em dezembro e já estamos operando." Com isso, o grupo ganhou o braço paulista da logística que vai do Porto de Santos à linha de produção em São José dos Campos e assume toda a gestão do processo (inclusive os pontos de reposição de estoque e planos de contingência) e também a responsabilidade de demurrage (multa pelo uso de contêineres além do prazo fixado).

"Nosso objetivo era reduzir custos e ter maior segurança", diz Mário Morhy, gerente de logística da divisão de químicos da Monsanto. De acordo com sua avaliação, a terceirização já permitiu uma economia de 26% nos custos de transporte. Além disso, o projeto da Wilson, Sons aumenta a segurança ao substituir o uso da linha rodoviária pela ferroviária. O número de caminhões que trafega pela Rodovia Dutra deve ser reduzido em 220 por mês, diz Morhy. Até ontem, a operação foi realizada de forma mista (rodoviária e ferroviária). A partir de semana que vem, todo o processo será feito pelo ramal ferroviário.

A expectativa da divisão de logística do Wilson, Sons, que já conta com clientes como a VCP, Xerox e Merck, é dobrar seu faturamento neste ano. Em 2002, o faturamento do grupo atingiu 512 milhões de reais (205 milhões da divisão de logística). O balanço de 2003 ainda não foi fechado. Segundo o grupo, porém, a área de logística deve ter faturado cerca de 290 milhões de reais no ano passado.