O secretário da Força Aérea do Estados Unidos, James Roche, pediu que o Pentágono amplie a investigação que está sendo feita sobre a empresa Boeing, acusada de irregularidades, de acordo com a edição desta quarta-feira (10/12) do jornal Financial Times.
Atualmente, está suspenso, sob investigação, um contrato de aluguel de cem aviões de reabastecimento da Boeing, no valor de 27 bilhões de dólares. Condutas éticas estão sendo questionadas. Darleen Druyun, que era funcionária do setor de aquisições da Boeing e participou do processo de aprovação do contrato, em janeiro deixou o Pentágono e passou a trabalhar na Boeing. Em novembro, foi mandada embora da empresa.

Logo depois, o diretor-financeiro da fabricante de aviões, Michael Sears, também foi demitido, sob a alegação de conduta imoral. Ele também teria participado das negociações. Diante das suspeitas de irregularidade, o diretor-executivo e presidente da Boeing, Phil Condit, também acabou pedindo demissão.

O secretário americano está pedindo agora que contratos anteriores também sejam analisados, como os que se referiam a modificações nos aviões NATO AWAC e nos aviões aptos a transportar as chamadas bombas inteligentes de pequeno diâmetro.

Se a Boeing não conseguir manter o contrato dos 100 aviões de reabastecimento, terá de demitir cerca de 500 pessoas. Nós não começaremos a demitir antes que o processo esteja concluído, afirmou Jim Albaugh, executivo da Boeing responsável pelos negócios na área de Defesa. A expectativa é que o Pentágono finalize as investigações entre fevereiro e março