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Ford precisa de novo carro para continuar crescendo

Enquanto a maioria das montadoras brasileiras enfrentou dificuldades em 2003, a Ford não pode se queixar. De janeiro a novembro deste ano, a subsidiária brasileira da empresa cresceu 13% em relação ao mesmo período de 2002. Trata-se de um desempenho bastante diferente do resto da indústria no mesmo período, as demais montadoras encolheram, em média, […]

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

Enquanto a maioria das montadoras brasileiras enfrentou dificuldades em 2003, a Ford não pode se queixar. De janeiro a novembro deste ano, a subsidiária brasileira da empresa cresceu 13% em relação ao mesmo período de 2002. Trata-se de um desempenho bastante diferente do resto da indústria no mesmo período, as demais montadoras encolheram, em média, 6,8%. Com esse crescimento, a Ford conseguiu também aumentar sua participação de mercado em 2,1 pontos percentuais o maior crescimento da indústria. A montadora encerra o ano com uma participação de 11,8%.

Parece uma situação confortável? Não é. Para continuar nessa curva ascendente, a Ford precisará de um reforço. Vamos precisar de um novo modelo para reforçar nossa participação no segmento de entrada, afirma Antonio Maciel Neto, presidente da Ford. O chamado mercado de entrada responde por cerca de 65% dos automóveis vendidos no país. Atualmente, a Ford briga apenas com o Ka, lançado em 1997 e que representa apenas 2,7% das vendas deste segmento.

O crescimento nos últimos dois anos também ainda não se reverteu em lucro para a Ford. Este ano não fecharemos no azul, mas estamos chegando cada vez mais perto do resultado, diz Maciel, que há cerca de dois meses foi promovido à presidência da Ford na América do Sul.

Para 2004, a expectativa da empresa é aumentar a produção. A partir de meados do ano que vem, a fábrica da montadora em Camaçari, na Bahia, deve começar a trabalhar em regime de três turnos (atualmente são dois). É dessa planta que saem os modelos Fiesta e EcoSport. Maciel preferiu não adiantar quantas contratações serão necessárias para aumentar a produção, mas afirmou que boa parte do aumento da produção será destinada à exportação.

Em 2003, as exportações da Ford atingiram 760 milhões de dólares, valor 40% superior ao registrado em 2002. Quase metade disso foi em negociações com o México. Para 2004, a expectativa é aumentar as vendas externas em cerca de 15%.

Também já está definido que a montadora deverá reajustar seus preços em janeiro como também já anunciaram as concorrentes. O aumento deverá ficar entre 3% e 5%, afirma Maciel. O executivo explica que houve um aumento de 18% na folha de pagamentos e que parte disso precisa ser repassado para o produto. Além disso, a indústria já trabalha com um provável reajuste do aço o custo desse insumo varia entre 10% e 20% do custo total de fabricação de um automóvel. Os dois únicos fornecedores brasileiros de aço para a indústria automotiva são a Usiminas e a CSN.

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