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Sites de DVD delivery preparam expansão no Brasil

Serviço, que permite ficar com os DVDs em casa, sem multa, tem hoje 5.000 adeptos na Grande São Paulo. Agora as empresas planejam a expansão para todo o país

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h38.

Se a moda vai pegar, ainda é cedo para dizer. O fato é que o aluguel de DVDs online, que conquistou os americanos, vai aos poucos se familiarizando com o público brasileiro. As primeiras empresas estrearam no final do ano passado, mas sem o alarde que costumava acompanhar o mundo pontocom. Até agora, já conquistaram quase 5.000 adeptos na Grande São Paulo.

A Flex Filmes garante que, em dois meses, deixará de ser uma empresa regional e promete entregar seus filmes em qualquer cidade do país. "Estamos fechando os últimos detalhes com parceiros regionais", diz o empresário Luciano Castiel, que investiu, junto com outros dois sócios, cerca de 1 milhão de reais no empreendimento. A empresa já opera no azul.

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O mecanismo desse tipo de negócio é como um clube: o cliente se cadastra, paga uma mensalidade e tem direito a ficar com os DVDs em casa por quanto tempo quiser. O mesmo motoboy que vai fazer a coleta já traz novos títulos. A idéia é o que o cliente sempre tenha filmes em casa, sem pagar multa. A complexidade está nos bastidores, que envolve não apenas a tecnologia do site, mas também um sistema de logística ligado aos pedidos. "Costumo dizer que não somos apenas um site e sim uma fábrica de entregar DVDs", diz o fundador da Flex Filmes, que hoje tem um catálogo de 5.500 títulos.

Quem também está no páreo é a Pipoca Online. Criada no final do ano passado pelo empresário Eduardo Casarini, o site pretende chegar até o final do ano com 2.500 clientes cadastrados. Se depender do conhecimento - e dos contatos - de Casarini, a tarefa não vai ser difícil. Com sete anos de experiência no mundo da internet, ele é um dos sócios da Flores Online, o maior site de entrega de flores do país, que este ano deve faturar 10 milhões de reais. "O interessante desse modelo não é só a comodidade de ter o filme entregue na sua casa, mas principalmente o fato de nunca haver multa", diz Casarini. Segundo ele, as multas por atraso representam boa parte do faturamento das videolocadoras. "No caso da Blockbuster, chega a 15%", afirma.

De São Paulo para o Brasil

Agora que a fase de testes já passou, as empresas se preparam para explorar outras localidades. A Video Flix, que estreou em junho do ano passado e foi a primeira a trazer o DVD delivery ao país, tem uma estratégia pronta de expansão: será por meio de franquias. Os interessados devem dispor de um investimento inicial de cerca de 450.000 reais. O Rio de Janeiro, por exemplo, já tem um franqueado confirmado.

"Temos hoje 5.000 títulos e cada franquia terá de investir em seu próprio acervo. E isso requer um bom investimento", diz Eduardo Silvestri, um dos cinco sócios da Video Flix. O site tem 1.400 clientes cadastrados. Já a Pipoca Online, que até o final do ano promete estar presente nas principais capitais do país, pretende montar uma estrutura própria.

Os três sites brasileiros trabalham com um modelo idêntico, mas aos poucos tendem a se diferenciar. Enquanto a Pipoca Online e a Video Flix apostam pesado na aquisição de lançamentos, a Flex Filmes quer se tornar uma opção mais "cult", com um acervo que inclui documentários e curta-metragens. "Nosso objetivo é mostrar ao cliente que existem bons filmes que ficaram no passado", diz Castiel. Já o diretor da Video Flix, discorda: "o que o cliente quer mesmo é lançamento", diz Silvestri. Na prática, quem se beneficia é o consumidor, que terá à sua disposição serviços diferentes.

Netflix, a inspiração

A idéia é antiga. Surgiu em 1997, nos Estados Unidos, quando as empresas pontocom saíam do forno aos montes. A Netflix foi uma das sobreviventes. Tem hoje mais de 2 milhões de clientes e um faturamento de 500 milhões de dólares. Na cidade de São Francisco, por exemplo, estima-se que 15% da população seja assinante da Netflix. Foi o suficiente para incomodar a líder desse mercado, a Blockbuster, que há dois anos se viu obrigada a copiar o modelo da Netflix e também estrear no segmento de delivery.

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