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Siderúrgicas brasileiras vão lucrar 20% a mais em 2006, diz estudo

Segundo a Lafis Consultoria, as empresas serão beneficiadas com a retomada do consumo de aço no mercado interno

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h38.

Ao contrário do que aconteceu no ano passado, quando estoques elevados inibiram a produção, este ano o setor siderúrgico deve voltar ter um bom desempenho no mercado doméstico. Um estudo da consultoria Lafis indica que as empresas do setor terão uma receita líquida 20% maior em 2006, atingindo a marca de 86 bilhões de reais.

A razão principal da retomada está no consumo doméstico de A Lafis considerou não apenas a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, com estimativa de crescimento de 3,4%, como também o bom nível de atividade do setor automobilístico e maiores investimentos estatais em infra-estrutura.

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No ano passado, a demanda interna foi considerada fraca. Mas graças aos preços internacionais, que permaneceram em um bom nível, as empresas conseguiram manter resultados razoáveis. Segundo a Lafis, "este ano, a demanda interna estará mais aquecida, e os preços mais estáveis, o que favorecerá, inclusive, a importação dos produtos". A previsão é de que a demanda por aços planos aumente 12%, atingindo 11,4 milhões de toneladas.

Com o mercado interno aquecido, é possível que as exportações caiam. A expectativa da Lafis é de que as vendas de laminados para o exterior recuem 7,2%, totalizando 3,22 milhões de toneladas. As receitas com exportações de placas, no entanto, devem fechar o ano com aumento de 5%.

Já no cenário internacional, o consumo tende a esfriar. Apesar de o Fundo Monetário Internacional (FMI) projetar um crescimento de 4,3% do PIB mundial para este ano, a demanda por aço na China e nos Estados Unidos dá sinais de arrefecimento. A desaceleração pode, inclusive, afetar o preço dos produtos. "O menor ritmo de crescimento econômico, se confirmado, pode conter as potenciais altas dos preços do aço este ano, equilibrando a oferta e a demanda internacionais", diz o analista da Lafis, Bruno Leite.

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