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Shell reduz investimentos em US$ 5 bi em 2020 e suspende recompra de ações

A Shell busca reduzir custos operacionais entre 3 bilhões e 4 bilhões de dólares adicionais nos próximos 12 meses

Shell: os preços do petróleo caíram mais de 60% desde janeiro (Jeffrey Greenberg/Getty Images)

Shell: os preços do petróleo caíram mais de 60% desde janeiro (Jeffrey Greenberg/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 23 de março de 2020 às 10h55.

A anglo-holandesa Shell anunciou nesta segunda-feira que reduzirá investimentos em 5 bilhões de dólares e que suspendeu seu vasto plano de recompra de ações de 25 bilhões de dólares, em um esforço para enfrentar o recente colapso dos preços do petróleo.

Maior produtora de petróleo no Brasil depois da Petrobras, a Shell afirmou que reduzirá as despesas de capital para 20 bilhões de dólares ou menos, de um nível planejado de cerca de 25 bilhões de dólares, enquanto busca reduzir custos operacionais em entre 3 bilhões e 4 bilhões de dólares adicionais nos próximos 12 meses.

Os cortes devem aumentar a geração de caixa da Shell entre 8 bilhões e 9 bilhões de dólares antes de impostos.

As ações da Shell caíram 3,5% no início das negociações em Londres, contra recuo de 3% dos papéis no setor de energia europeu em geral.

Os preços do petróleo caíram mais de 60% desde janeiro, atingidos pela destruição da demanda global devido à pandemia de coronavírus e uma guerra de preços entre os principais produtores Arábia Saudita e Rússia, após o colapso deste mês de um pacto de restrição de oferta entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados. [O/R]

O movimento da Shell ocorre em meio a anúncios de planos de reduções acentuadas de gastos de suas concorrentes, como Exxon, Chevron, BP e Total.

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