São Paulo - Que a prática de esportes faz bem à saúde e pode melhorar o desempenho do trabalhador todo mundo já ouviu falar. Mas números específicos relativos aos benefícios das atividades físicas dentro do setor industrial são desconhecidos.

Com o intuito de quantificar os impactos do esporte entre os funcionários da indústria, o SESI (Serviço Social da Indústria) deu início ao marco lógico, pesquisa nacional que promete traduzir em números as vantagens de incentivar o esporte nas empresas. O levantamento deve ficar pronto até outubro deste ano.

O SESI presta serviço atualmente a 400 mil indústrias que empregam cerca de nove milhões de trabalhadores. Desde 1947, a instituição promove competições esportivas em níveis municipal, estadual e nacional. De acordo com o gerente executivo de lazer do SESI, Eloir Simm, suas ações esportivas atingem dois milhões de funcionários em todo o país. Apenas na etapa nacional dos jogos da instituição, são gastos aproximadamente 20 milhões de reais.

Para Simm, o investimento vale a pena e, por meio da pesquisa, quer convencer as empresas do mesmo. "A gente pretende estabelecer indicadores que comprovem quantitativamente que o trabalhador que pratica esportes rende mais no trabalho, falta menos, é mais bem disposto, tem comportamento melhor", diz.

O SESI também quer mostrar aos empresários que, do ponto de vista financeiro, vale a pena ter projetos voltados para o esporte. "Queremos chegar a parâmetros econômicos. Por exemplo, se a empresa gasta 'X' com projetos esportivos, ela poderá economizar 'Y', pois o funcionário vai produzir mais, faltar menos, etc", explica.

Para o gerente de lazer, as indústrias que mais se destacam em investimentos no esporte  dos trabalhadores são a Marcopolo, Tupy, Bosch, Vale e Usiminas.