São nítidos os resultados e solidez da Petrobras, diz Dilma
Segundo a presidente, nos últimos dez anos, e também em todas as projeções de futuro, o desempenho da Petrobras é positivo
Da Redação
Publicado em 1 de julho de 2014 às 14h54.
São Paulo - A presidente Dilma Rousseff (PT) usou o seu discurso, durante cerimônia em comemoração à produção de 500 mil barris de petróleo por dia, alcançada no dia 24 de junho, na região do pré-sal, para exaltar o papel da Petrobras.
"Estamos comemorando um recorde, um novo marco vivido no ciclo da Petrobras", disse, durante evento na sede da estatal, no Rio de Janeiro.
Segundo a presidente, nos últimos dez anos, e também em todas as projeções de futuro, o desempenho da Petrobras é positivo. "São nítidos bons resultados, solidez e perspectivas cada vez maiores da Petrobras", afirmou.
Dilma disse ainda que as conquistas e os avanços estratégicos da empresa "só podem ser entendidos quando vistos da perspectiva de médio e longo prazo".
Sem citar o caso da compra da refinaria de Pasadena pela estatal, Dilma afirmou que "não será um ou outro fato isolado" que vai abalar a credibilidade e a imagem da empresa. Segundo a presidente, mesmo que baseado em dados tecnicamente sólidos, questões falsas foram levantadas contra a Petrobras.
"Mas, em apenas 8 anos, a Petrobras fez com que nossas plataformas, trabalhando a 300 km da costa, mostrassem aos incrédulos que o pré-sal é uma riqueza palpável e tangível e acima de tudo pertence ao povo brasileiro", disse.
Dilma voltou a defender a contratação da companhia para explorar, sem licitação, o óleo excedente em quatro áreas do pré-sal.
"Com eles, chegamos a 20 bilhões de barris equivalentes de petróleo. Dificilmente não dá para supor que isso seja uma riqueza inigualável", disse.
"O recorde do pré-sal e a contratação dos quatro campos tornam irreversível o grande papel estratégico da Petrobras", completou.
A presidente disse que a Petrobras tem um "grande papel em novo ciclo de desenvolvimento do País" e provou que é capaz de explorar essa região, cedida pelo governo, com 10 bilhões a 14 bilhões de barris equivalentes, "talvez 15 bilhões de barris". "Essas riquezas se transformarão em benefícios para o povo brasileiro".
Lobão
Na mesma linha, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, defendeu a exploração do pré-sal, as decisões do governo em relação a essa nova fronteira exploratória e a própria estatal.
Com um tom político, lembrou que o pré-sal foi alvo de desconfiança no passado e que, agora, os "pessimistas de sempre" voltam a fazer críticas em relação à Petrobras.
"Chegamos à conclusão no passado de que não poderíamos tratar o pré-sal como outra área qualquer. Parecia-nos evidente que estávamos diante de uma área que merecia tratamento especial", disse Lobão, ao relembrar as razões que levaram o governo brasileiro a decidir pela implantação do sistema de partilha da produção no Brasil.
"Hoje podemos comprovar o acerto da decisão tomada naquela época. A produção (no pré-sal) já ultrapassa o patamar de 500 mil barris por dia e isso é apenas o começo dessa grande província petrolífera que pertence ao povo brasileiro", salientou Lobão.