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Santander vê os primeiros "brotos verdes e amarelos" na economia brasileira

Para banco, Brasil possui melhores índices de crescimento do que os EUA, mas ainda não é o fim da crise

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

Os pequenos indícios de recuperação da economia americana neste primeiro trimestre têm sido chamados de "brotos verdes". Para o Departamento de Pesquisa Econômica do banco Santander, os sinais preliminares de recuperação estão mais para as cores verde e amarela do Brasil.

Segundo o banco, o processo recessivo no Brasil se deu de forma mais pontual. Enquanto a produção industrial, de acordo com o IBGE, teve queda de 14,8% em abril comparado ao mesmo mês de 2008; o segmento de serviços aparentemente não sofreu nenhum sobressalto diante da crise.

Em relação à recente melhoria dos indicadores de confiança mundial e a recuperação das bolsas, o mercado acionário do Brasil também desponta na frente do norte-americano. Na semana passada, o Brasil registrou alta das ações de 5% e agora está só 17% abaixo da média do primeiro semestre do ano passado. Já a Bolsa de Nova York fechou com elevação de 2,2% na semana, mas ainda está 32% abaixo das cotações de 2008.

A taxa de desemprego para ambos os países não é animadora. Os EUA caminha para atingir a maior taxa de desemprego em 15 anos, com chances de superar a máxima do pós-guerra. Para o Brasil, a estimativa é de que a taxa chegue a 10% (atualmente está em 8,9%). Porém, segundo o Santander, isso não vai abalar o mercado consumidor, que continuará forte.

O relatório ressalta que apesar das tímidas mostras de crescimento, os resultados não indicam a proximidade do fim da recessão global. A indústria brasileira continua demitindo e o aumento da confiança ainda é lento.

De modo geral, os países continuam trabalhando fortemente na política monetária para evitar maiores danos e aproveitar da melhor forma esses brotos que parecem germinar.
 

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