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Responsabilidade social estimula 20% dos consumidores, diz Akatu

Um em cada cinco consumidores brasileiros é avaliado como consciente quando sai às compras. No processo de escolha, ele leva em consideração a preservação do meio ambiente, o bem-estar social e procura empresas que sejam modelos de responsabilidade social. Essa é a conclusão do estudo "O consumidor brasileiro e a construção do futuro", do Instituto […]

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

Um em cada cinco consumidores brasileiros é avaliado como consciente quando sai às compras. No processo de escolha, ele leva em consideração a preservação do meio ambiente, o bem-estar social e procura empresas que sejam modelos de responsabilidade social. Essa é a conclusão do estudo "O consumidor brasileiro e a construção do futuro", do Instituto Akatu pelo Consumo Consciente, uma organização não-governamental que trabalha pelo desenvolvimento do consumidor consciente como forma de fortalecer a responsabilidade social e o desenvolvimento sustentável.

Mas quatro entre cinco brasileiros não questionam a qualidade do consumo. Isso não é preocupante? "Não. A realidade é positiva e muito animadora para o futuro", diz Helio Mattar, diretor-presidente do Akatu. Embora o número ainda seja baixo -- a noção de responsabilidade social nos EUA alcança mais de 50% dos consumidores --, a pesquisa mostrou que 66% dos brasileiros declararam que gostariam de ser consumidores conscientes. "O importante é que existe o interesse", diz Mattar. "Nosso trabalho é reverter esses indicadores."

De acordo com ele, para mudar a realidade do consumo no país é preciso organizar o que se sabe sobre o tema e envolver a sociedade: "As informações existem, é preciso apenas deixá-las compreensíveis, próximas do dia-a-dia do consumidor". Até o fim do segundo semestre, o instituto deve concluir a criação de um banco de dados sobre o tema. Terá três eixos de informações: 1) o impacto do consumo -- uso e descarte -- de recursos naturais, como água potável, energia elétrica e lixo; 2) dicas de como priorizar os produtos que preservem o meio ambiente e o bem-estar social; e 3) análise da responsabilidade social das empresas, mostrando quais são os modelos na fabricação de produtos socialmente conscientes.

O passo seguinte, diz Mattar, será levar a informação organizada à sociedade por meio de dois caminhos: educação e comunicação. "Estamos criando o projeto Akatu na escola", afirma ele. "Se você leva até o aluno o princípio do consumo consciente, ele será o educador da própria família." Outro canal encontrado pelo instituto é incentivar a formação de líderes conscientes dentre das empresas e das comunidades. Os bons resultados que esses grupos atingirem podem fazer a ponte para o segundo caminho, a comunicação. "O sucesso dentro de uma comunidade, desenvolvendo no bairro a percepção do consumo consciente, tem força para ganhar espaço na mídia", diz Mattar.

O Instituto também estuda a idéia de publicar uma cartilha sobre o assunto, algo como o ABC do Consumo Consciente. Para popularizar ainda mais a campanha, o presidente do Akatu não descarta a idéia de recorrer à função social das novelas. Algumas produções da TV já encamparam outras campanhas de conscientização, como o combate às drogas e doação de órgãos. "Por que não ajudar a consolidar no Brasil a consumo inteligente?", pergunta Mattar.

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