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República Dominicana segue investigando Odebrecht

Documentos divulgados pelos EUA, apontam que a empreiteira pagou US$ 788 milhões em subornos em 12 países, entre eles a República Dominicana

Odebrecht: os documentos asseguram que, concretamente, a empresa pagou US$ 92 milhões no país caribenho (Paulo Whitaker/Reuters)

Odebrecht: os documentos asseguram que, concretamente, a empresa pagou US$ 92 milhões no país caribenho (Paulo Whitaker/Reuters)

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EFE

Publicado em 17 de janeiro de 2017 às 19h53.

Santo Domingo - A Procuradoria Geral da República Dominicana prosseguiu nesta terça-feira com os interrogatórios da investigação sobre o suposto pagamento de US$ 92 milhões em subornos pela Odebrecht para ter acesso a contratos milionários no país.

Durante o dia de hoje foi interrogado o ex-ministro de Obras Públicas, Freddy Pérez, convocado pelo procurador-geral, Jean-Alain Rodríguez, como parte das investigações.

Em declarações a jornalistas, Pérez, ministro de Obras Públicas durante o último governo de Leonel Fernández (1996-2000, 2004-2008 e 2008-2012), assegurou que não assinou contrato algum com Odebrecht e afirmou que "em todas as instituições públicas" nas quais esteve atuou "com transparência".

Segundo documentos divulgados em dezembro pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, a construtora brasileira pagou aproximadamente US$ 788 milhões em subornos em 12 países, entre eles a República Dominicana.

Os documentos asseguram que, concretamente, a empresa pagou US$ 92 milhões no país caribenho para ter acesso a contratos milionários ao longo de quase duas décadas.

O ex-presidente Hipólito Mejía (2000-2004) se mostrou hoje disposto a comparecer perante o Ministério Público se for convocado, mas considerou que também deveriam falar o atual presidente, Danilo Medina, e Leonel Fernández.

Outros dos convocados a depor hoje foi o ex-diretor do Instituto Nacional de Águas Potáveis (Inapa), Roberto Rodríguez, que ocupou o cargo na gestão de Mejía.

Em sua chegada à procuradoria, Rodríguez explicou que a Inapa assinou um contrato com a construtora brasileira no valor de US$ 161 milhões para a construção de uma represa no noroeste do país e disse estar disposto a esclarecer tudo o que for relacionado com o tema.

O procurador-geral dominicano solicitou na semana passada à Direção de Contratações Pública do Estado que a Odebrecht seja temporariamente debilitada nos processos de adjudicação de qualquer obra pública. EFE

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