Renault, Nissan e GM encerram negociações sobre aliança
De acordo com comunicados das companhias, faltou entendimento sobre a implementação e a distribuição das sinergias
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.
"As partes reconhecem que sinergias significativas resultariam de uma aliança desse tipo. Entretanto, as três empresas não chegaram a um acordo sobre o montante total dessas sinergias nem sobre a repartição dos lucros entre os parceiros", declara nota da Renault.
Segundo o comunicado, a GM exigia compensações financeiras para formar a parceria, alegando que a aliança a impediria de se associar a outras montadoras. "A Renault e a Nissan consideram que esse princípio de compensação é contrário ao espírito de toda aliança de sucesso", declarou a Renault.
De acordo com o jornal americano The Wall Street Journal, os presidente da Nissan e da Renault, o brasileiro Carlos Ghosn, e o presidente da GM, Rick Wagoner, concordaram que os dois lados tinham idéias muitos diferentes sobre o potencial acordo e decidiram interromper as negociações, conduzidas há cerca de dois meses.
A GM também comentou o rompimento das conversas em comunicado. "As partes reconheceram mutuamente que sinergias significativas devem resultar da aliança. No entanto, as partes não concordam nem com o volume total de sinergias nem com a distribuição dos benefícios", disse a montadora.