Recém-eleito, Marcelo Gasparino renuncia ao conselho da Petrobras
Conselheiro de administração havia sido eleito por meio de processo de voto múltiplo em assembleia de acionistas nesta semana
Reuters
Publicado em 16 de abril de 2021 às 19h12.
Última atualização em 16 de abril de 2021 às 19h43.
A Petrobras recebeu nesta sexta-feira carta de renúncia do conselheiro de administração Marcelo Gasparino, eleito por meio de processo de voto múltiplo em assembleia de acionistas nesta semana, informou a companhia em fato relevante.
Gasparino, representante de acionistas minoritários, havia informado previamente que iria renunciar com o objetivo de provocar nova eleição do conselho pelos acionistas, sob alegação de ter identificado problemas nos procedimentos da assembleia que o elegeu.
Acionistas minoritários buscavam conseguir um maior número de assentos no conselho na assembleia realizada na segunda-feira passada, o que não ocorreu.
No fato relevante desta sexta-feira, no entanto, a Petrobras afirmou que a legislação e o estatuto da empresa não a obrigam a convocar uma assembleia especificamente para este fim, uma vez que o conselheiro não foi destituído.
"Em caso de vacância do cargo de Conselheiro de Administração eleito por voto múltiplo que não seja decorrente de destituição, o cargo poderá ser preenchido por substituto eleito pelo Conselho de Administração, até que seja realizada uma próxima Assembleia Geral de Acionistas", disse a empresa.
"Essa Assembleia deverá proceder à eleição dos oito membros do Conselho eleitos por voto múltiplo, não havendo obrigatoriedade de convocação de Assembleia específica pela companhia para esse fim", afirmou.
O conselho da Petrobras atualmente é composto por sete membros indicados pelo governo, um membro representante dos trabalhadores e três representantes dos minoritários.
Em trecho de carta enviada à Petrobras, divulgado pela empresa, Gasparino afirmou que sua renúncia deveria ser considerada "a partir de 31/05/2021 ou até que seja empossado o meu substituto a ser eleito através de nova assembleia geral oportunamente convocada, diante da ocorrência do processo eleitoral do Voto Múltiplo, o que ocorrer primeiro".