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Proposta da VarigLog para comprar a Varig é rejeitada pela Deloitte

Entre as críticas da consultoria, que administra judicialmente a aérea, estão dúvidas sobre a quitação da dívida da Varig e cálculo do preço mínimo de venda

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.

O imbróglio em que se transformou a recuperação judicial da Varig contou com mais um ingrediente nesta sexta-feira (7/7). A consultoria Deloitte, administradora judicial da empresa, rejeitou a proposta de compra apresentada pela VarigLog. Com isso, a ex-subsidiária da aérea deverá reformular a oferta e detalhar pontos destacados pela consultoria, como a fórmula para quitar as dívidas de 7,9 bilhões de reais que ficarão com a "Varig velha".

O relatório da Deloitte chega a afirmar que, se os termos da VarigLog forem mantidos, pode ser mais vantajoso para os credores deixar a companhia aérea falir, pois poderiam obter um volume maior de recursos com a alienação judicial dos ativos da Varig.

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Outro ponto criticado pela consultoria é o cálculo do preço mínimo que a VarigLog propõe para o leilão de venda: 277 milhões de reais. Além de ser muito pequeno em relação ao montante da dívida, os consultores consideram que a forma de pagamento desse valor (por meio do rendimento de debêntures e venda de ativos, entre outros) alcança um montante real de 127 milhões de reais.

Baseado no relatório, o juiz Luiz Roberto Ayoub, da 8ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio, determinou a reapresentação da proposta da VarigLog. Entre os pontos, está o detalhamento do preço mínimo ofertado e a forma como o passivo será pago aos credores. Somente quando a Deloitte e o Ministério Público (que ainda não se manifestou) aprovarem a oferta, Ayoub tomará a decisão de marcar uma nova assembléia de credores e, eventualmente, um novo leilão de vendas.

O magistrado havia determinado a realização de uma assembléia no dia 10 de julho, para que os credores avaliassem a proposta da VarigLog. Se fosse aprovada, um leilão seria marcado para o dia 12. Por ser muito diferente das propostas avaliadas em assembléias anteriores, Ayoub decidiu, porém, cancelar os eventos e solicitar novos pareceres à Deloitte e ao Ministério Público.

Com informações da Agência Brasil.

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