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Petrobras recebe até dezembro 1a parcela da China, de US$3 bi

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras recebe entre novembro e dezembro a primeira parcela do empréstimo de 10 bilhões de dólares feito com o governo da China, no valor de aproximadamente 3 bilhões de dólares, informou o diretor financeiro da estatal, Almir Barbassa. Segundo ele, no momento o caixa da empresa gira em torno […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras recebe entre novembro e dezembro a primeira parcela do empréstimo de 10 bilhões de dólares feito com o governo da China, no valor de aproximadamente 3 bilhões de dólares, informou o diretor financeiro da estatal, Almir Barbassa.

Segundo ele, no momento o caixa da empresa gira em torno dos 13 bilhões de dólares, já incluída uma parte da captação em bônus feita pela companhia em outubro que restou após o pagamento do empréstimo-ponte com um 'pool' de bancos.

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A "sobra" que foi para o caixa, segundo Barbassa, foi de 750 milhões de dólares.

"A emissão de 4 bilhões de dólares foi uma mudança no patamar da empresa, que vinha captando entre 1 e 2 bilhões (de dólares) nos últimos tempos", disse Barbassa após palestra a executivos de finanças, informando que a demanda pelos bônus lançados chegou a 12 bilhões de dólares.

"E parece que batemos também um recorde na Bolsa de Nova York, ainda preciso confirmar, mas parece que um único investidor, um fundo de investimentos, comprou sozinho 1 bilhão em bônus", disse o executivo sem querer informar o nome do fundo.

Em plena preparação de uma mega capitalização da Petrobras --ainda sem valor definido mas que pode chegar a 60 bilhões de dólares, dependendo do preço do petróleo que será utilizado como referência-- Barbassa está confiante que a operação será autorizada pelo Congresso Nacional até o primeiro semestre de 2010.

"A capitalização vai possibilitar à Petrobras financiar a cadeia produtiva e assim garantir a realização de seus projetos", disse aos executivos sobre o plano de 174,4 bilhões de dólares da estatal até 2013.

A Petrobras vai emitir ações que serão pagas com títulos do Tesouro pela União --acionista majoritária com 40 por cento do capital total--, que depois serão devolvidos ao governo em troca de uma cessão onerosa de petróleo na região do pré-sal, limitada a 5 bilhões de barris de óleo equivalente em reservas.

Barbassa reconheceu que os acionistas da Petrobras terão dividendos menores após a capitalização, já que aumenta o número de ações, mas afirmou que no médio e longo prazo a valorização da ação compensará essa perda, devido ao aumento de produção com o imenso volume previsto no pré-sal.

"De 2003 a 2008 o ganho do investidor com a valorização foi de 86 por cento e o dividendo representou apenas 14 por cento da remuneração total", deu como exemplo o diretor.

Barbassa disse ainda que o minoritário que não quiser participar da operação poderá vender seu direito de participação no mercado, de acordo com o que rege a Lei das Sociedades Anônimas, assim como os fundos formados por papéis da empresa.

"Se ele não quiser exercer a compra na proporção que ele possui, ele pode ceder a terceiros esse direito e com isso o número de minoritários não será reduzido", lembrou.

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