Petrobras pode subir de 16ª para 9ª maior petrolífera do mundo em reservas

A descoberta do maior campo de óleo brasileiro na Bacia de Santos pode fazer a Petrobras subir de 16ª para 9ª maior empresa de petróleo do mundo em reservas comprovadas. A estatal anunciou hoje que descobriu na área de Tupi, na Bacia de Santos, reservas que podem variar de 5 bilhões a 8 bilhões de barris de petróleo e gás.

Como a Petrobras detém 65% do campo, poderia acrescentar a suas reservas de petróleo até 5,2 bilhões de barris (considerando que não há gás). Somados às reservas atuais de 12,3 bilhões, chegaria a um total máximo de 17,5 bilhões de barris.

Segundo a Petroleum Intelligence Weekly, publicação de divulga anualmente o mais respeitado ranking das empresas do setor, esse volume de petróleo seria suficiente para colocar a estatal como nona maior do mundo em reservas. Isso significa um salto de sete posições no ranking, já que ao final de 2006 a Petrobras aparecia no 16º lugar. À frente da estatal brasileira, aparecerão apenas empresas do Oriente Médio, Venezuela e Nigéria, tradicionais exportadores da commodity.

O óleo foi descoberto em Tupi a profundidades de até 7 mil metros. Oito poços testados indicam que trata-se de óleo leve e de alto valor comercial.

A Petrobras é operadora da área e detém 65%. Já a empresa britânica BG tem 25% e a portuguesa Petrogal Galp Energia possui 10%.

Com investimentos de 1 bilhão de dólares nos últimos 2 anos, foram perfurados 15 poços no local. Para atingir até 7.000 metros de profundidade, a Petrobras desenvolveu novos projetos de perfuração. Mais de 2.000 metros de sal foram atravessados. O primeiro poço demorou mais de um ano para ser perfurado e custou US$ 240 milhões. Hoje, a Petrobras perfura um poço equivalente em 60 dias, a um custo de US$ 60 milhões.

Desde sua criação, a estatal já descobriu no Brasil 25 bilhões de barris de petróleo e gás natural, dos quais já foram produzidos 11 bilhões de barris. Das reservas anteriormente conhecidas, 80% estão na bacia de Campos, com predominância de óleo pesado.