Petrobras nega divulgação de balanço em reunião de conselho
Conselho de Administração passou o dia reunido, mas a empresa negou que conste na pauta do encontro a aprovação e divulgação do balanço de resultados
Da Redação
Publicado em 13 de janeiro de 2015 às 17h28.
Rio de Janeiro -O Conselho de Administração da Petrobras passou o dia reunido na sede da estatal, no centro do Rio de Janeiro .
Até o fim da tarde de hoje (13) a assessoria de imprensa não informou nem mesmo se a reunião já havia acabado.
Em nota divulgada mais cedo, a empresa se limitou a negar que conste da pauta do encontro a aprovação e divulgação do balanço de resultados do terceiro trimestre do ano passado e cuja divulgação a empresa adiou por duas vezes.
A Petrobras negou ainda que conste da pauta a discussão em torno da nomeação da ex-ministra do Planejamento Miriam Belchior como presidente do Conselho de Administração da estatal em substituição ao ex-ministro da Fazenda Guido Mantega .
A nota ressaltou, porém, que caso haja alguma informação relevante sobre o tema, resultante da reunião, a Petrobras comunicará ao mercado.
No final do mês passado, a Petrobras informou que divulgará em janeiro as demonstrações contábeis relativas ao terceiro trimestre de 2014, mas sem o relatório de revisão do seu auditor externo PricewaterhouseCoopers (PwC).
Na ocasião, a estatal informou que “estará atendendo suas obrigações dentro do tempo estabelecido pelos seus contratos financeiros, considerados os períodos de tolerância contratuais aplicáveis e de modo a evitar o vencimento antecipado da dívida pelos credores”.
Na nota, a Petrobras disse está empenhada em divulgar as demonstrações contábeis do terceiro trimestre revisadas pela PwC “assim que possível”.
Segundo dados da consultoria Economática, a estatal perdeu 12 bilhões de reais no mês passado na bolsa brasileira, período no qual o Ibovespa recuou 1,14%. Boa parte da queda é atribuída aos maus resultados de 2013 apresentados pela empresa.
No final de fevereiro, o valor de mercado da estatal era de 172,8 bilhões de reais.
A cotação média do mercado, no entanto, ultrapassa a cifra de 2,40 reais e a diferença está preocupando o mercado, que não consegue entender como a estatal chegou a esse valor.
A fim de não aumentar a inflação, o governo tem segurado os preços e a estratégia tem impactado negativamente a petroleira. A estimativa do mercado é que a empresa tenha deixado de ganhar 1,1 bilhão por não repassar alta do petróleo.