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Petrobas deve concluir modelo para venda da BR em 2 semanas

O presidente-executivo da Petrobras ressaltou que diversas empresas, nacionais e internacionais, já apresentaram interesse em fazer ofertas pela BR

BR Distribuidora: "Recebemos várias manifestações de interesse de várias origens, inclusive internacional" (foto/Divulgação)
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Da Redação

Publicado em 21 de setembro de 2016 às 21h14.

Rio de Janeiro - A Petrobras deverá concluir em cerca de duas semanas uma modelagem mais detalhada para a venda da sua subsidiária de combustíveis BR Distribuidora, afirmou nesta quarta-feira à Reuters Pedro Parente.

O presidente-executivo da Petrobras ressaltou que diversas empresas, nacionais e internacionais, já apresentaram interesse em fazer ofertas pela BR, formalmente conhecida como Petrobras Distribuidora.

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"Estamos acabando de rever esse modelo e acredito que em mais um par de semanas provavelmente (estará pronta para receber propostas)", afirmou Parente, em sua primeira entrevista exclusiva após a apresentação do Plano de Negócios e Gestão 2017-2021 da empresa.

"Recebemos várias manifestações de interesse de várias origens, inclusive internacional, e achamos que vamos ter um processo bastante competitivo."

A Petrobras anunciou em julho decisão de reformular o modelo de busca por sócios na BR, passando a aceitar ofertas pelo controle compartilhado de sua subsidiária de combustíveis, numa operação que deverá ser concluída no início do próximo ano.

A reformulação da estratégia de venda da BR ocorreu depois que houve um baixo interesse pelo modelo ofertado inicialmente, no qual a Petrobras ainda teria o controle.

No novo modelo de venda da BR, que está mantido, haverá uma estrutura societária que envolverá as classes de ações ordinárias e preferenciais, de forma que a Petrobras permaneça majoritária no capital total, mas com uma participação de 49 por cento no capital votante.

O executivo evitou revelar informações sobre os detalhes da modelagem que será apresentada para o mercado nas próximas semanas.

Mas ele ressaltou que a futura "parceria tem que preservar interesses estratégicos da empresa como a operação integrada na cadeia de óleo e gás".

O processo de venda da BR ocorrerá em duas fases. Em um primeiro momento, a empresa receberá diversas ofertas e irá selecionar as melhores para uma segunda etapa.

Política de preços

Durante a entrevista, Parente também destacou que uma maior transparência da política de preços de combustíveis será importante na atração de sócios.

Por isso, a empresa trabalha na elaboração de uma nova política, que terá componentes gerais publicados ao mercado, mas que não revelará a fórmula por motivos estratégicos.

"A política é importante sob o ponto de vista do nosso programa de parcerias e desinvestimento, porque há certo ativos que terão mais atração se houver a clareza que temos essa autonomia na prática de preços", afirmou Parente.

O executivo frisou que a nova política deverá ser aprovada pelo Conselho de Administração, embora as regras da companhia não exijam.

"Dar a condição de os nossos concorrentes conhecerem exatamente em que dia, que horas e de que maneira vai acontecer uma mudança de preços, isso pode dar razão a movimentos especulativos e operativos. Haverá sim uma definição de uma política que não vai surpreender, porque as linhas gerais já anunciamos", afirmou o presidente.

O executivo explicou que a empresa não precisa aguardar a conclusão da nova política de preços, caso sinta a necessidade de reajustar valores da gasolina e do diesel, o que ainda não aconteceu.

"Existirão certamente algumas diferenças (em relação à política atual) e uma delas será a explicitação da política, e outra será características adicionais que ainda vamos discutir com o Conselho", afirmou.

Mais cedo, ele disse durante evento no Rio de Janeiro que a Petrobras não tem prazo, nem decisão tomada, sobre qualquer mudança na precificação de combustíveis, rebatendo reportagem que afirmou que a empresa faria uma redução no preço da gasolina até o fim do ano.

Parente ainda afirmou à Reuters, nesta quarta-feira, que vê a Petrobras como credora após a conclusão da renegociação com o governo federal do contrato de áreas do pré-sal cedidas à petroleira em um processo de capitalização, em 2010.

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