Parmalat SpA ameaça processar;Sumitomo;se subsidiária brasileira falir
Enrico Bondi, o administrador da Parmalat italiana, afirmou em carta enviada à unidade brasileira do Sumitomo Mitsui que irá processar o banco caso a Parmalat brasileira entre em processo de falência. O Sumitomo do Brasil é um dos principais credores da subsidiária, com crédito de pelo menos 10 milhões de dólares. A carta foi entregue […]
Da Redação
Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.
Enrico Bondi, o administrador da Parmalat italiana, afirmou em carta enviada à unidade brasileira do Sumitomo Mitsui que irá processar o banco caso a Parmalat brasileira entre em processo de falência. O Sumitomo do Brasil é um dos principais credores da subsidiária, com crédito de pelo menos 10 milhões de dólares. A carta foi entregue ao banco pelos advogados da Parmalat.
Assim que estourou o escândalo financeiro da matriz, o Sumitomo do Brasil entrou na justiça com um pedido de blindagem da subsidiária brasileira. Em outras palavras: o banco tentava impedir que a Parmalat Brasil Indústria de Alimentos enviasse recursos para ajudar a crise na Itália.
O pedido do banco foi encaminhado à 42ª Vara Civil de São Paulo em meados de janeiro, a cargo do juiz Carlos Henrique Abrão, que passou a organizar reuniões semanais entre representantes da empresa e os credores, além de ter nomeado um comitê independente para acompanhar o caso dentro da subsidiária.
Em fevereiro, o mesmo juiz determinou o afastamento do presidente da subsidiária, Ricardo Gonçalves, bem como o de seu diretor financeiro. Desde o dia 11/2, um junta interventora - nomeada por Abrão e comandada por Keyler Carvalho - administra a empresa.
O Banco Sumitomo não pediu a intervenção da Parmalat. A decisão foi do próprio juiz, que afirmou em seu despacho que o caso "extrapolou as partes envolvidas no processo e ganhou status de interesse público."
Em sua carta, Bondi afirma que a intervenção na Parmalat brasileira aconteceu em um momento muito delicado, quando estãvam sendo finalizadas negociações para salvar a empresa. "A chegada dos interventores paralizou essas negociações", diz a nota.