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Órgão reguladores devem aprovar aquisições do JBS, diz Santander

Corretora também acha que será mais fácil capturar as sinergias com o Bertin porque o JBS já conhece o setor de carne bovina

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

As aquisições do Bertin e da Pilgrim’s Pride pelo JBS não deverão ter problemas para serem aprovadas por órgãos reguladores de defesa da concorrência, segundo analistas da corretora do banco Santander, que trabalha de forma independente do banco. Os analistas dizem que as operações vão ampliar a posição de liderança do JBS na indústria de carne bovina brasileira e dará à empresa um lugar de destaque no processamento de aves, além da entrada no segmento de lácteos - o Bertin é dono das marcas Leco e Vigor.

Já com a Pilgrim’s os riscos tendem a ser maiores por duas razões principais: em primeiro lugar, a indústria tem uma capacidade instalada considerada excessiva. Além disso, há uma expectativa de que a exportação de aves caia mais de 10% em 2009. Entretanto, a companhia espera um nível de margem Ebitda para o setor de aves em torno de 7% a 10%, bem acima da projeção para a indústria de carne bovina.

Os analistas lembram que a Pilgrim’s, antes de entrar em recuperação judicial, liderava a participação no mercado de aves com 28% do segmento, contra cerca de 24% de sua concorrente, a norte-americana Tyson.

Às 14h33, as ações do JBS (JBSS3) eram negociadas na Bovespa em alta de 2,77%, a 8,89 reais, enquanto o Ibovespa operava em queda de 0,03%, aos 60.395 pontos.

Aquisição

O JBS anunciou, na quarta-feira (16), que vai comprar o rival brasileiro Bertin e a gigante Pilgrim's Pride, segunda maior processadora de carne de frango dos Estados Unidos, com faturamento de 8,5 bilhões de dólares. A Pilgrim's foi avaliada em 2,8 bilhões de dólares. O JBS inicialmente comprará 64% da empresa. O restante permanecerá com os atuais acionistas do Pilgrim's.

O negócio só será fechado após a conclusão de uma emissão de ações da subsidiária americana do JBS, o JBS USA. A empresa diz que está em processo avançado de negociação para uma capitalização de 2,5 bilhões de dólares, para não provocar um forte endividamento do JBS.

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