Exame Logo

Opportunity compra participação da TIW na Telemig Celular

O Opportunity comprou por 70 milhões de dólares a participação da TIW na Telemig e na Telenorte Celular. Com isso, o banco assume efetivamente o controle da companhia e coloca um ponto final a uma briga que já se arrastava há quatro anos com os outros sócios da empresa: os fundos de pensão e a […]

EXAME.com (EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

O Opportunity comprou por 70 milhões de dólares a participação da TIW na Telemig e na Telenorte Celular. Com isso, o banco assume efetivamente o controle da companhia e coloca um ponto final a uma briga que já se arrastava há quatro anos com os outros sócios da empresa: os fundos de pensão e a própria TIW.

A confusão foi provocada pela estrutura societária montada após o leilão de privatização das duas empresas em 1998. Para participar do leilão da Telemig Celular e da Telenorte Celular, o Opportunity se associou a TIW e aos fundos de pensão. A TIW entrou com 49% dos recursos necessários para a compra das empresas. Os fundos de pensão, por sua vez, entraram diretamente com 24%, mais 27% por meio de recursos aplicados em um fundo de investimento do Opportunity, que colocou ali uma parcela correspondente a menos de 1% do valor da operação. Os canadenses desembolsaram mais de 380 milhões de dólares com a promessa de ter participação na gestão das empresas adquiridas. Foi feita uma carta de intenções estabelecendo essas bases para o contrato.

Veja também

Só que, depois do leilão, as coisas mudaram de rumo. Daniel Dantas, do Opportunity, fez um acerto com os presidentes dos fundos de pensão - comandados, na época, por Jair Bilachi, da Previ, o fundo de pensão do Banco do Brasil, e por Francisco Gonzaga, da Petros, o fundo de pensão da Petrobras. Sua estratégia foi juntar os recursos dos fundos de pensão em uma só empresa, a Newtel, que passou a deter 51% das ações da Telpart, holding da Telemig e da Tele Norte. Embora tivessem maioria das ações, os presidentes dos fundos concordaram em passar para Dantas o poder de gerir a companhia, incluído aí o direito de escolher todos os dirigentes das duas celulares e de definir todos os fornecedores. Assinaram ainda uma cláusula que os conselheiros dos fundos se obrigam a votar com o Opportunity, qualquer que seja a decisão do banco. Caso votem contra, são imediatamente destituídos.

A partir daí começou uma briga permanente entre a TIW e Dantas. A situação se complicou para o dono do Opportunity após a mudança no comando dos fundos de pensão. Os novos dirigentes começaram a questionar o acordo de seus antecessores ameaçando a hegemonia do Opportunity. A última cartada da TIW foi entrar com uma ação na Justiça ameaçando desfazer a sociedade já que, segundo a companhia alegava, o acordo com os fundos de pensão dando poderes ao Opportunity foi assinado após a saída de Jair Bilachi da Previ. Com isso, ele não teria valor.

Nos últimos dias, porém, Dantas fechou o acordo com os sócios estrangeiros que agora saem do negócio levando 300 milhões a menos do que colocaram nas duas empresas.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Negócios

Mais na Exame