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Olympus adia divulgação de resultado em meio a investigação

Empresa ia apresentar seus resultados trimestrais no dia 8 de novembro, antes de iniciar investigações sobre suas aquisições

As ações da Olympus chegaram a cair 12% nesta sexta-feira depois da notícia (Divulgação)

As ações da Olympus chegaram a cair 12% nesta sexta-feira depois da notícia (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 7 de novembro de 2011 às 13h21.

Tóquio - A Olympus informou que não apresentará os resultados trimestrais em 8 de novembro, conforme previsto, porque precisa de mais tempo após indicar um painel para analisar as aquisições feitas pela companhia, o que fez suas ações registrarem nova queda acentuada.

Um porta-voz da fabricante de endoscópios e câmeras disse que a Olympus planeja anunciar os números de julho a setembro entre meados e o fim de novembro.

A decisão acontece depois da Olympus ter nomeado na quinta-feira seis homens, entre eles um que integrou a Suprema Corte de Justiça japonesa, para investigar as antigas aquisições feitas pela companhia, acusada de pagar altas comissões infundadas. A decisão foi tomada para deter a fuga de investidores. O painel não tem prazo para concluir a auditoria.

"A decisão de adiar não se deve aos motivos apontados por terceiras pessoas", afirmou o porta-voz. "Nós simplesmente achamos que seria difícil fazer uma coletiva sobre os resultados sob essas circunstâncias".

As ações da Olympus chegaram a cair 12 por cento nesta sexta-feira depois da notícia, mas diminuíram as perdas e fecharam em queda de 6,8 por cento.

Executivos da Olympus estão tentando convencer acionistas que agiram dentro dos regulamentos ao pagar 687 milhões de dólares em serviços de consultoria de fusões e aquisições a duas desconhecidas empresas, que a auxiliaram na aquisição da fabricante britânica de equipamentos médicos Gyrus por 2 bilhões de dólares.

Eles também estão sendo criticados pela compra de três empresas no Japão.

A Olympus demitiu o britânico Michael Woodford do cargo de presidente-executivo em 14 de outubro, sob alegação de que ele não entendeu o estilo de gestão da companhia e a cultura japonesa, e Kikukawa, então presidente de conselho, assumiu o posto.

Woodford, que entrou em 1980 na companhia, disse ter sido demitido por questionar o pagamento aos consultores em 2008.

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