Exame Logo

OGX não tira atratividade da América Latina, diz jornal

A reportagem do Financial Times diz que os problemas das empresas X já eram conhecidos e investidores que acompanhavam a empresa não foram pegos de surpresa

Funcionário da OGX em plataforma de exploração de petróleo: o jornal compara a saída da OGX do mercado com "uma limpeza da lousa" (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 31 de outubro de 2013 às 09h37.

Londres - A derrocada das empresas de Eike Batista não deve afastar investidores estrangeiros do mercado de títulos corporativos da América Latina. O tema é o principal destaque da página dedicada integralmente à OGX na edição desta quinta-feira, 31, do jornal Financial Times .

Com o título "Investidores da América Latina desdenham dos problemas da OGX", o texto diz que a queda do empresário brasileiro não "vai impedir que compradores de títulos procurem pechinchas" na região. O FT reconhece, porém, que um dos maiores prejudicados pelo caso é a gestora de recursos norte-americana Pimco.

A maior reportagem do FT sobre a OGX diz que os problemas das empresas de Eike Batista já eram conhecidos e investidores que acompanhavam a empresa não foram pegos de surpresa. "Durante a última década, no mercado de títulos corporativos na América Latina, são poucos e menos frequentes casos como a OGX de Eike Batista", diz o texto.

"O caso foi noticiado com antecedência e o impacto é tão localizado que, ao contrário de uma onda de vendas causada pelas manchetes, a dívida corporativa da região está mais propensa a oferecer recompensa para os compradores", diz a reportagem, que compara a saída da OGX do mercado com "uma limpeza da lousa".

Além disso, o FT diz que o mercado de títulos corporativos latino-americano já enfrentava alguns problemas antes mesmo da quebra do império X. O texto cita como exemplos a desaceleração da economia brasileira, a inflação alta e a onda de protestos populares no país.


"Longe de colocar as pessoas para fora, essa combinação de preços mais baixos com o pedido de recuperação judicial da OGX pode atrair uma nova onda de compradores e investidores", diz a reportagem, que ouviu diversos investidores em dívida brasileira nos Estados Unidos.

Perdedores

Apesar do prognóstico otimista sobre a entrada de novos investidores, o FT reconhece que há perdedores. Um deles é a gestora de recursos norte-americana Pimco. Em um texto menor na mesma página, o jornal afirma que o "romance brasileiro se transformou em sofrimento para a Pimco".

"Como maior detentor de títulos de Eike Batista, os gestores da Pimco enfrentam dor de cabeça no Brasil depois de um caso de amor de mais de uma década", diz o texto. Um dos fundos da casa aumentava posições em papéis emitidos pelas empresas X até o segundo trimestre deste ano, informa o FT.

Segundo uma das pessoas ouvidas pelo jornal, os gestores teriam aumentado posições porque havia expectativa de que as empresas X poderiam ser "socorridas pelo governo".

Veja também

Londres - A derrocada das empresas de Eike Batista não deve afastar investidores estrangeiros do mercado de títulos corporativos da América Latina. O tema é o principal destaque da página dedicada integralmente à OGX na edição desta quinta-feira, 31, do jornal Financial Times .

Com o título "Investidores da América Latina desdenham dos problemas da OGX", o texto diz que a queda do empresário brasileiro não "vai impedir que compradores de títulos procurem pechinchas" na região. O FT reconhece, porém, que um dos maiores prejudicados pelo caso é a gestora de recursos norte-americana Pimco.

A maior reportagem do FT sobre a OGX diz que os problemas das empresas de Eike Batista já eram conhecidos e investidores que acompanhavam a empresa não foram pegos de surpresa. "Durante a última década, no mercado de títulos corporativos na América Latina, são poucos e menos frequentes casos como a OGX de Eike Batista", diz o texto.

"O caso foi noticiado com antecedência e o impacto é tão localizado que, ao contrário de uma onda de vendas causada pelas manchetes, a dívida corporativa da região está mais propensa a oferecer recompensa para os compradores", diz a reportagem, que compara a saída da OGX do mercado com "uma limpeza da lousa".

Além disso, o FT diz que o mercado de títulos corporativos latino-americano já enfrentava alguns problemas antes mesmo da quebra do império X. O texto cita como exemplos a desaceleração da economia brasileira, a inflação alta e a onda de protestos populares no país.


"Longe de colocar as pessoas para fora, essa combinação de preços mais baixos com o pedido de recuperação judicial da OGX pode atrair uma nova onda de compradores e investidores", diz a reportagem, que ouviu diversos investidores em dívida brasileira nos Estados Unidos.

Perdedores

Apesar do prognóstico otimista sobre a entrada de novos investidores, o FT reconhece que há perdedores. Um deles é a gestora de recursos norte-americana Pimco. Em um texto menor na mesma página, o jornal afirma que o "romance brasileiro se transformou em sofrimento para a Pimco".

"Como maior detentor de títulos de Eike Batista, os gestores da Pimco enfrentam dor de cabeça no Brasil depois de um caso de amor de mais de uma década", diz o texto. Um dos fundos da casa aumentava posições em papéis emitidos pelas empresas X até o segundo trimestre deste ano, informa o FT.

Segundo uma das pessoas ouvidas pelo jornal, os gestores teriam aumentado posições porque havia expectativa de que as empresas X poderiam ser "socorridas pelo governo".

Acompanhe tudo sobre:AçõesAmérica Latinabolsas-de-valoresEmpresasFinancial TimesGás e combustíveisIndústria do petróleoJornaisOGpar (ex-OGX)Petróleo

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Negócios

Mais na Exame