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Oferta pela TIM pode ser vetada por diretores independentes

Segundo Telecom Italia, qualquer oferta deve ser avaliada por diretores independentes, o que pode complicar a venda da valorizada unidade


	Loja da TIM: unidade brasileira é a maior fonte de crescimento da Telecom Italia, mas se tornou foco de uma disputa de acionistas
 (Marc Hill/Bloomberg)

Loja da TIM: unidade brasileira é a maior fonte de crescimento da Telecom Italia, mas se tornou foco de uma disputa de acionistas (Marc Hill/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 16 de janeiro de 2014 às 16h08.

Milão - A Telecom Italia afirmou nesta quinta-feira que qualquer oferta pela TIM Brasil deve ser avaliada por diretores independentes, o que pode complicar a venda da valorizada unidade brasileira.

A TIM Brasil é a maior fonte de crescimento da Telecom Italia, mas se tornou foco de uma disputa de acionistas sobre como o grupo de telecomunicações italiano deve reduzir sua dívida e financiar necessários investimentos domésticos.

Em comunicado, a Telecom Italia disse que qualquer operação extraordinária envolvendo sua fatia na companhia brasileira seguiria "procedimentos com partes relacionadas", que requerem uma análise de um comitê de membros independentes do Conselho.

A Telecom Italia afirmou que nenhum plano ou negociação para vender a TIM Brasil está em curso e disse que não recebeu nenhuma oferta pela unidade.

A espanhola Telefónica controla a Telecom Italia junto com outras três instituições financeiras italianas por meio de uma fatia de 22,4 por cento detida na companhia através do veículo de investimento Telco.

Fontes com conhecimento da situação afirmaram que a Telefónica busca desmembrar a TIM e dividir seus ativos com outras operadoras móveis no Brasil para solucionar seus próprios problemas antitruste no país.

A Telecom Italia, que controla a TIM, e a Telefónica, que controla a Vivo, são competidoras diretas no Brasil e o investidor rebelde Marco Fossati disse que tal conflito de interesses pode forçar o presidente-executivo Marco Patuano a tomar decisões favorecendo o grupo espanhol.

A decisão desta quinta-feira significa que qualquer venda da TIM Brasil pode necessitar de aprovação de uma reunião especial de acionistas na qual a Telefónica, se identificada como parte relacionada, não teria direito a voto.

Por outro lado, a análise dos diretores independentes pode proteger a Telecom Italia de acusações de conflito de interesse.

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