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OceanAir, de German Efromovich, compra a Avianca

Companhia brasileira de aviação regional obtém autorização de juiz de Nova York para adquirir 75% das ações com direito a voto da Aerovias Nacionales de Colombia, em concordata há oito meses

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

Depois de mais de um ano de negociações, a OceanAir, empresa de aviação regional controlada por German Efromovich, brasileiro dono da Marítima Petróleo, obteve nesta terça-feira (16/11) o aval da justiça americana para sua proposta de aquisição da Aerovias Nacionales de Colombia (Avianca). A companhia aérea operava sob o capítulo 11 da legislação societária americana (que fixa procedimentos semelhantes à concordata) desde 21 de março.

Com a autorização do juiz Allan Gropper, do foro de Nova York, a OceanAir assume dentro de dez dias 75% do capital total e votante da Avianca. Os 25% restantes serão controlados pela Federación de Cafetaleros de Colombia, a associação colombiana de cafeicultores que detém atualmente 50% das ações. Pelo acordo de investimento firmado entre as partes, os acionistias minoritários poderão exercer a opção de sair da sociedade, vendendo sua participação por não menos que 23 milhões de dólares daqui a três anos. Outra acionista, a Valores Bavaria, que detinha 50% da Avianca, retira-se do capital da empresa.

Para levar o controle da Avianca e suspender a concordata, a OceanAir obteve adesão dos credores para um plano de pagamento da dívida de 220 milhões de dólares (já renegociada) em sete anos e pôs à disposição imediata da empresa 44,5 milhões de dólares, através de uma carta de crédito. O limite máximo previsto de capitalização é de 63 milhões de dólares.

"As premissas básicas do negócio são que a Avianca continua com bandeira colombiana e a OceanAir continua em aviação regional", diz Efromovich. Segundo o empresário, a diferença é que, a partir de agora, a OceanAir vai alimentar as linhas da Avianca, que por sua vez passará por uma renovação de frota. "Ano que vem vamos decidir os investimentos na frota que queremos ver operando em 2010." A Avianca opera 35 aviões (seis Boeing 757, cinco Boeing 767, quinze MD 83 e dez Fokker 50) e deve faturar 630 milhões de dólares em 2004.

Sobre a possibilidade da eclosão de uma greve entre os 5 000 funcionários da Avianca, que vêem na operação potenciais prejuízos financeiros para o fundo de pensão dos empregados, Efromovich afirmou que "não é o momento de falar de greve, mas de muito trabalho." A Marítima Petróleo opera na Colômbia há quatro anos.

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