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O que devo a São Paulo

Nasci em Patrocínio, no interior de Minas Gerais, onde morei até os 8 anos de idade. Depois permaneci em Brasília durante 16 anos e, em seguida, me dediquei à carreira de piloto de corrida na Inglaterra. Minha história em São Paulo começou apenas aos 25 anos, depois do fim do meu sonho nas pistas. Vim […]

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

Nasci em Patrocínio, no interior de Minas Gerais, onde morei até os 8 anos de idade. Depois permaneci em Brasília durante 16 anos e, em seguida, me dediquei à carreira de piloto de corrida na Inglaterra.

Minha história em São Paulo começou apenas aos 25 anos, depois do fim do meu sonho nas pistas. Vim cuidar de um dos ramos de negócios da família: as empresas de ônibus municipais e o setor operacional da Expresso União. Havia estado pouquíssimas vezes em São Paulo e foi um choque. O trânsito, principalmente, me assustou muito. Patrocínio e Brasília eram duas cidades pequenas -- nem tinham semáforo na época.

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Quando nosso grupo resolveu vender as empresas paulistanas de ônibus, passei a me dedicar ao projeto da Gol, um sonho antigo do meu pai, embora eu também seja um apaixonado por aviões -- sou piloto desde os 16 anos. Poucos acreditavam em nós. Hoje temos uma empresa de transporte aéreo com 2 000 funcionários. No ano que vem, a projeção é que transportaremos 8,5 milhões de passageiros. Com apenas dois anos de operações, somos a terceira companhia aérea do país e temos cerca de 16% do mercado. Tudo vem dando muito certo e devo muito a São Paulo, que representa cerca de 40% do transporte aéreo brasileiro em número de passageiros.

Há momentos em que esta cidade é incomparável. Consumo, diversão, tudo pulsa 24 horas. Não há lugar melhor para quem tem um perfil empreendedor. Gosto também do anonimato proporcionado pela cidade. Tento me preservar da violência. Apesar do medo, não consigo mais me ver fora de São Paulo. Passo dois dias longe e sinto saudade. É curioso. Não sou apaixonado por São Paulo, mas ela já está no meu sangue. Há três meses, ganhei aqui um presente: Vitória, minha segunda filha.

Somando tudo, devo muito a este gigante. Encontrei condições de expandir o grupo, de ter uma visão mais empreendedora. Cresci também pessoalmente. Quero criar meus filhos nesta cidade, realizar o sonho de popularizar ainda mais o transporte aéreo, investir na região. Enfim, devo a São Paulo o futuro. Ainda não conquistei a metrópole. Mas, com certeza, estou na corrida.

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