Há dez anos, o mercado livre de energia nem sequer existia. Hoje é uma espécie de febre. Pelas estimativas do setor, o mercado livre já responde por 12% do consumo nacional.

O sucesso do mercado tem uma explicação. A energia livre é muito mais barata que a comercializada no mercado convencional. Dependendo do tipo de indústria, os gastos caem até 35%.

Saiba como funciona o mercado livre de energia e quem pode participar.

Quem pode ser consumidor livre
Empresas com demanda acima de 3 megawatts (MW) e tensão superior a 69 quilovolts (kV) geralmente com conta de luz superior a 400 000 reais por mês. Para empresas com demanda inferior, a opção para atuar nesse mercado é por meio da compra de energia em pequenas centrais hidrelétricas ou fontes alternativas, como biomassa.

Como aderir ao mercado livre
É preciso se cadastrar na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e abrir uma conta no Bradesco, banco que liquida as transações. Após essa migração para o mercado livre, a empresa fica fora do chamado mercado cativo, abastecido pelas distribuidoras. Para sair do mercado livre e retornar ao cantivo, precisa comunicar a distribuidora com cinco anos de antecedência.

Como funciona
O consumidor livre escolhe a empresa que vai fornecer a energia levando em consideração produtos, preços e serviços. Pode negociar a compra diretamente com uma geradora ou fazer leilões para selecionar o melhor fornecedor. Para efetuar a compra, firma um contrato bilateral com o prazo que lhe for mais conveniente alguns meses ou anos. Pode atuar sozinha ou contratar um agente de mercado para representá-la na CCEE

Vantagens
A economia chega a ser de até 35% em relação a tarifa cobrada pela distribuidora. Os gastos com energia se tornam previsíveis e gerenciáveis. O mercado é muito competitivo, o que eleva o poder de barganha do consumidor para negociar preços e serviços.

Riscos
O mercado livre aproveita a sobra de energia elétrica no futuro a existência dessa sobra vai depender dos projetos para a construção de novas usinas.