O futuro é data-driven
Em um cenário empresarial marcado por mudanças constantes, a transformação de empresas tradicionais em organizações data-driven tornou-se fundamental. O conceito envolve o uso sistemático de dados para tomada de decisões, substituindo métodos baseados apenas em experiência e intuição


Professor da Faculdade Exame
Publicado em 4 de janeiro de 2025 às 15h00.
Antes da internet e da enxurrada de dados que recebemos a cada segundo, as empresas tomavam decisões principalmente com base na experiência de seus líderes, nofeelinge em observações empíricas.
Essa abordagem, embora tenha impulsionado muitos negócios de sucesso, era limitada pela subjetividade e pela incapacidade de lidar com grandes volumes de informação. Afinal, os processos eram manuais, levavam muito tempo para serem feitos, e muitas vezes eram vítimas de relatórios inconsistentes, o que dificultava a previsão de tendências e a identificação de problemas críticos.
E qual o problema disso?
Neste tipo de abordagem, as empresas corriam o risco de perder oportunidades ou de tomar decisões que não estavam alinhadas à realidade do mercado. Por exemplo, estimativas de produção ou inventário eram feitas sem uma análise aprofundada de padrões de consumo, o que muitas vezes resultava em excesso ou falta de estoque.
Falando em vendas, uma empresa que não consegue entender o perfil de compra dos seus clientes perde a capacidade de prever o consumo, adequar seus estoques e oferecer o melhor produto ou serviço.
Com o avanço da tecnologia e o aumento exponencial da geração de dados, surgiu a oportunidade de transformar esse modelo baseado em intuição em uma abordagem orientada por informações concretas. Assim, nasceu o conceito de empresas data-driven, ou seja, aquelas que utilizam dados para fundamentar suas estratégias e decisões.
O que significa ser data-driven?
Uma empresa data-driven não coleta somente os dados, mas também analisa e utiliza-os para guiar todos os pilares de sua operação. Isso inclui desde a estratégia de negócios até a gestão do dia a dia.
Nessas organizações, os dados são vistos como um ativo estratégico tão importante quanto os insumos, recursos financeiros ou humanos.
Para que uma empresa seja verdadeiramente data-driven, é necessário implementar ferramentas de coleta, armazenamento e análise de dados, bem como desenvolver uma cultura organizacional que valorize a tomada de decisões baseada em evidências.
Quais os benefícios de ser data-driven?
- Decisões assertivas: com os dados às mãos, as empresas reduzem erros e tomam decisões mais acertadas;
- Maior eficiência operacional: os dados possibilitam identificar gargalos e ineficiências, logo as empresas conseguem otimizar processos e reduzir custos;
- Previsibilidade: empresas data-driven utilizam análises preditivas para entender o comportamento dos consumidores e se preparar para mudanças no mercado;
- Experiência do cliente: entendendo as preferências e comportamentos dos consumidores, as empresas conseguem personalizar produtos e serviços, e assim, aproximarem-se dos seus clientes e aumentarem a satisfação do consumidor;
- Foco em resultados: os dados permitem um monitoramento constante e ágil de indicadores o que garante que as estratégias estejam alinhadas aos objetivos organizacionais;
- Antecipação de Inovação: os dados ajudam a identificar novas oportunidades e tendências de mercado e a criar soluções inovadoras, antecipando-se e diferenciando-se dos seus concorrentes.
Mas, por onde começo?
Ser data-driven não é apenas uma questão de tecnologia: adotar essa filosofia envolve uma série de mudanças, principalmente de profundas transformações culturais na empresa. Vamos falar dos quatro principais pilares dessa mudança de paradigma:
1) Liderança comprometida: gestores precisam liderar pelo exemplo, utilizando dados em suas decisões e promovendo a relevância dessa abordagem. O mais importante é a liderança deixar clara a importância do uso de dados à equipe;
2) Capacitação da equipe: investir em treinamento para que os colaboradores saibam interpretar e utilizar os dados, como cursos de ciência e análise de dados e outros tipos de letramento nestes temas;
3) Ferramentas adequadas: implementação de sistemas que integrem e analisem os dados de maneira eficiente;
4) Integração das áreas: garantir que os dados sejam compartilhados entre os setores da companhia, promovendo uma visão unificada da organização.
No contexto atual, onde as mudanças são rápidas, ser uma empresa data-driven não é mais uma opção, e sim uma necessidade.
Além de melhorarem a tomada de decisão, as empresas ficam mais bem posicionadas para responder aos desafios do mercado, inovar e oferecer valor a seus clientes, tornando-se mais produtivas e mais relevantes em um cenário cada vez mais competitivo.
E a sua empresa, já é data-driven?
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