Negócios

Times brasileiros perderam chance de investimento, diz BDO

Para consultoria, desorganização impediu clubes de captarem mais recursos de empresas que apostam na Copa


	A bola e a Taça da Copa do Mundo: torneio era oportunidade para clubes saírem do atoleiro
 (Alexandre Loureiro/Getty Images for adidas)

A bola e a Taça da Copa do Mundo: torneio era oportunidade para clubes saírem do atoleiro (Alexandre Loureiro/Getty Images for adidas)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de abril de 2014 às 07h57.

São Paulo - Para os clubes brasileiros de futebol, a Copa do Mundo de 2014 já representa uma oportunidade mal-aproveitada. Pelo menos, na opinião de Pedro Daniel, consultor de gestão esportiva da BDO. O especialista falou sobre o tema em entrevista exclusiva para EXAME.com, no mesmo dia em que a Fifa sorteia os grupos do torneio.

"O Brasil foi escolhido para sediar a Copa em 2007. Se tivesse havido planejamento, os times poderiam ter atraído investimentos de empresas envolvidas com a organização do evento", comenta o especialista.

Entretanto, parece que isso não aconteceu. Um exemplo é a situação de clubes grandes - como Corinthians e Flamengo.

No caso do time paulista, os quase R$ 360 milhões da maior receita entre as equipes do país em 2012 escondem uma dívida de cerca de R$ 180 milhões. Maior devedor do Brasil (R$ 741 milhões), O Flamengo faturou R$ 212 milhões no ano passado.

Agora, os times correm para organizar o calendário nacional de competições do ano que vem. Entre outras coisas, a Copa pode impedir os clubes de darem 30 dias de férias aos jogadores - o que originou o Bom Senso F.C., movimento que reúne hoje vários atletas.

"Da mobilização inicial pelas férias, os jogadores evoluíram para reinvidincações em favor de uma melhor organização dos clubes enquanto empresas - o que pode ser muito bom para o futebol brasileiro como um todo", aposta Daniel. É esperar para ver.

Veja abaixo a relação dos 24 times brasileiros que mais devem, de acordo com números da BDO:

Mais de Negócios

De entregadores a donos de fábrica: irmãos faturam R$ 3 milhões com pão de queijo mineiro

Como um adolescente de 17 anos transformou um empréstimo de US$ 1 mil em uma franquia bilionária

Um acordo de R$ 110 milhões em Bauru: sócios da Ikatec compram participação em empresa de tecnologia

Por que uma rede de ursinho de pelúcia decidiu investir R$ 100 milhões num hotel temático em Gramado

Mais na Exame