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Nestlé defende manutenção de ativos da Garoto

Brasília, 20 de março (Portal EXAME) A Nestlé fez nesta quinta-feira uma exposição aos integrantes do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), para tentar convencê-los de que a compra da Garoto não resultará em controle do mercado. A empresa sustenta que haverá nível satisfatório de concorrência, mesmo que ela absorva todos os ativos fábrica e […]

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

Brasília, 20 de março (Portal EXAME) A Nestlé fez nesta quinta-feira uma exposição aos integrantes do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), para tentar convencê-los de que a compra da Garoto não resultará em controle do mercado. A empresa sustenta que haverá nível satisfatório de concorrência, mesmo que ela absorva todos os ativos fábrica e marcas da Garoto. Fizemos uma apresentação eminentemente técnica, aprofundando os argumentos que já haviam sido expostos , disse ao Portal EXAME Carlos Facchina, diretor de Assuntos Corporativos.

A Nestlé anunciou a aquisição da Garoto em fevereiro de 2002. O valor não foi anunciado, mas calcula-se que seja próximo de 550 milhões de reais.

Facchina informou que tratou na exposição dos vários segmentos do mercado, como chocolates industriais regulares, sazonais (de Páscoa) e essências. O que preocupa os órgãos de defesa da concorrência é que, após a aquisição, a Nestlé ficaria com fatias de mercado de 34% a 100% nos diversos segmentos em que atua, o que poderia prejudicar o consumidor. A SDE (Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça) e a Seae (Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda) entregaram ao Cade pareceres alertando para esse risco. Por isso, em março de 2002, o Cade já havia proibido as empresas de tomarem medidas irreversíveis no negócio. O órgão pode rejeitar a compra, aprová-la sem restrições (tese defendida pela Nestlé) ou com restrições por exemplo, pode obrigar a empresa a vender ativos ou suspender a presença de certas marcas no mercado por determinado período de tempo.

A explanação durou cerca de duas horas e foi feita por Facchina, pelo presidente da Nestlé, Ivan Zurita, e pelo advogado da empresa, Térsio Ferraz. O conselheiro responsável pelo processo, Thompson Andrade, convidou os colegas assim, vários conselheiros do Cade estavam presentes. Agora, Andrade dará seu parecer e o levará a julgamento numa das sessões do órgão, que ocorrem às quartas-feiras, cerca de três vezes por mês. A Nestlé não informa com qual prazo trabalha imagino apenas que o processo ande rapidamente agora , afirma Facchina. A expectativa no mercado é que o Cade demore mais dois meses para avaliar a compra.

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Brasília, 20 de março (Portal EXAME) A Nestlé fez nesta quinta-feira uma exposição aos integrantes do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), para tentar convencê-los de que a compra da Garoto não resultará em controle do mercado. A empresa sustenta que haverá nível satisfatório de concorrência, mesmo que ela absorva todos os ativos fábrica e marcas da Garoto. Fizemos uma apresentação eminentemente técnica, aprofundando os argumentos que já haviam sido expostos , disse ao Portal EXAME Carlos Facchina, diretor de Assuntos Corporativos.

A Nestlé anunciou a aquisição da Garoto em fevereiro de 2002. O valor não foi anunciado, mas calcula-se que seja próximo de 550 milhões de reais.

Facchina informou que tratou na exposição dos vários segmentos do mercado, como chocolates industriais regulares, sazonais (de Páscoa) e essências. O que preocupa os órgãos de defesa da concorrência é que, após a aquisição, a Nestlé ficaria com fatias de mercado de 34% a 100% nos diversos segmentos em que atua, o que poderia prejudicar o consumidor. A SDE (Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça) e a Seae (Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda) entregaram ao Cade pareceres alertando para esse risco. Por isso, em março de 2002, o Cade já havia proibido as empresas de tomarem medidas irreversíveis no negócio. O órgão pode rejeitar a compra, aprová-la sem restrições (tese defendida pela Nestlé) ou com restrições por exemplo, pode obrigar a empresa a vender ativos ou suspender a presença de certas marcas no mercado por determinado período de tempo.

A explanação durou cerca de duas horas e foi feita por Facchina, pelo presidente da Nestlé, Ivan Zurita, e pelo advogado da empresa, Térsio Ferraz. O conselheiro responsável pelo processo, Thompson Andrade, convidou os colegas assim, vários conselheiros do Cade estavam presentes. Agora, Andrade dará seu parecer e o levará a julgamento numa das sessões do órgão, que ocorrem às quartas-feiras, cerca de três vezes por mês. A Nestlé não informa com qual prazo trabalha imagino apenas que o processo ande rapidamente agora , afirma Facchina. A expectativa no mercado é que o Cade demore mais dois meses para avaliar a compra.

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