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MIP Brasil Farma disputará mercado de R$ 15 bilhões

A recém-criada farmacêutica está em operação desde a semana passada para atuar no segmento de medicamentos isentos de prescrição

Medicamentos: a meta é brigar com gigantes desse setor, como a nacional Hypermarcas, a americana Johnson & Johnson e a francesa Sanofi (Marcos Santos/USP Imagens)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de novembro de 2013 às 07h55.

São Paulo - Pensar pequeno não faz parte da cartilha de Omilton Visconde Júnior. Tradicional empresário do setor farmacêutico , ele tem um talento nato para transformar seus negócios em grandes fortunas. Assim foi com a Biosintética, laboratório criado por seu pai nos anos 80 e vendido em 2005 para o grupo Aché.

O mesmo aconteceu quando ele próprio criou a Segmenta, uma pequena empresa produtora de soros, que depois foi vendida a peso de ouro para a Eurofarma, e a Prevsaúde, companhia de gestão de benefícios de medicamentos , uma das pioneiras no País, que foi parar nas mãos da Orizon, do grupo Visanet.

Agora, a nova aposta do empresário é a MIP Brasil Farma. A recém-criada farmacêutica está em operação desde a semana passada para atuar no segmento de medicamentos isentos de prescrição, um polpudo mercado que movimentou quase R$ 15 bilhões no ano passado.

Para comandar a companhia, Visconde Jr. chamou Wolney Alonso, executivo com 20 anos de experiência no setor e seu sócio de longa data em alguns de seus empreendimentos, como a Segmenta e a Entregga, consultoria voltada para a área de saúde.

A MIP Brasil Farma começa com um investimento relativamente baixo para os padrões farmacêuticos. São cerca de R$ 20 milhões, o que inclui uma fábrica que deverá ser instalada em Ribeirão Preto (SP).

Mas a meta é ambiciosa: brigar com gigantes desse setor, como a nacional Hypermarcas, a americana Johnson & Johnson e a francesa Sanofi, que estão entre as cinco maiores do País em medicamentos isentos de prescrição. “


Não vamos entrar na disputa por genéricos nem vamos vender analgésicos e antigripais, por exemplo, pois há mil concorrentes nesse segmento. Vamos trazer produtos diferenciados”, diz Visconde Jr.

Leia-se por diferenciados produtos com margens atraentes e demanda crescente. O setor de medicamentos “isentos de prescrição”, também conhecido como OTC (over the counter, na sigla em inglês), cresceu 15% nos últimos anos e deverá manter expansão acima de dois dígitos daqui para frente. “A indústria precisa buscar produtos inovadores”, acrescenta.

A nova empresa de Visconde Jr. já fez sua estreia com um dermocosmético, o Footner, voltado para o tratamento dos pés. A empresa fez contrato de licenciamento com a holandesa YouMedical.

Outro lançamento, o Spotner, produto indicado para antienvelhecimento das mãos e do rosto, será colocado à venda até maio de 2014. No mês que vem entra no mercado o Livina, um alimento funcional que foi desenvolvido no País pela MIP com um parceiro local.

A farmacêutica recém-chegada tem em seu “pipeline”, jargão que no segmento farmacêutico significa a lista de produtos em desenvolvimento, oito marcas - de dermocosméticos voltados para tratamento de micose, verrugas, pé de atleta e cicatrização, além de antiácidos e multivitamínicos.

A meta para o primeiro ano de operação é faturar cerca de R$ 30 milhões. Em três anos, Alonso projeta receita de até R$ 70 milhões. Conhecido como bom farejador de negócios, a pergunta que fica no ar é se a MIP Brasil Farma poderá mudar de mãos futuramente. Alonso garante que não.

O executivo não descarta, no entanto, a entrada de investidores estratégicos. “Mas nem estamos pensando nisso agora.”


Como uma marca forte é o principal ingrediente de sucesso de um medicamento isento de prescrição (uma vez que é escolhido pelo consumidor na prateleira de uma farmácia), o investimento do grupo em mídia será pesado. A MIP já está com inserções no SBT para atrair um público “mais família”, explica Alonso. Mídias sociais e blogueiras também estão no radar da nova farmacêutica.

Os produtos já começaram a ser distribuídos nas redes da Drogaria São Paulo e Pacheco nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, do Rio de Janeiro e norte da Bahia. O próximo passo será a Região Sul do País. “O projeto é nacionalizar logo a distribuição”, diz Alonso.

A Netfarma, empresa criada por Visconde Jr. com outros quatro sócios, entre eles o dono da Netshoes, o empresário Márcio Kumrian, também vai distribuir online os produtos da companhia.

Projeto do zero

Construir uma farmacêutica do zero, como é o caso da MIP Brasil Farma, não é um processo simples. Não basta apenas ter uma boa ideia e dinheiro na mão. A empresa foi constituída em março do ano passado.

O processo mais demorado é a submissão e aprovação dos registros de medicamentos e produtos na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Essa é uma etapa que costuma demorar cerca de dois anos - a agência do governo pretende reduzir esse prazo pela metade.

Quando estiver com a fábrica em plena operação, a MIP pretende exportar os produtos para América Latina. “Temos o licenciamento dos produtos da YouMedical e acordo de exclusividade de distribuição para a região”, afirma Alonso.

No mercado, empresários e consultores ouvidos pelo Estado dizem que uma empresa sob o comando de Visconde Jr. tem tudo para dar certo. A fama de “midas” não foi atribuída a ele à toa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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São Paulo - Pensar pequeno não faz parte da cartilha de Omilton Visconde Júnior. Tradicional empresário do setor farmacêutico , ele tem um talento nato para transformar seus negócios em grandes fortunas. Assim foi com a Biosintética, laboratório criado por seu pai nos anos 80 e vendido em 2005 para o grupo Aché.

O mesmo aconteceu quando ele próprio criou a Segmenta, uma pequena empresa produtora de soros, que depois foi vendida a peso de ouro para a Eurofarma, e a Prevsaúde, companhia de gestão de benefícios de medicamentos , uma das pioneiras no País, que foi parar nas mãos da Orizon, do grupo Visanet.

Agora, a nova aposta do empresário é a MIP Brasil Farma. A recém-criada farmacêutica está em operação desde a semana passada para atuar no segmento de medicamentos isentos de prescrição, um polpudo mercado que movimentou quase R$ 15 bilhões no ano passado.

Para comandar a companhia, Visconde Jr. chamou Wolney Alonso, executivo com 20 anos de experiência no setor e seu sócio de longa data em alguns de seus empreendimentos, como a Segmenta e a Entregga, consultoria voltada para a área de saúde.

A MIP Brasil Farma começa com um investimento relativamente baixo para os padrões farmacêuticos. São cerca de R$ 20 milhões, o que inclui uma fábrica que deverá ser instalada em Ribeirão Preto (SP).

Mas a meta é ambiciosa: brigar com gigantes desse setor, como a nacional Hypermarcas, a americana Johnson & Johnson e a francesa Sanofi, que estão entre as cinco maiores do País em medicamentos isentos de prescrição. “


Não vamos entrar na disputa por genéricos nem vamos vender analgésicos e antigripais, por exemplo, pois há mil concorrentes nesse segmento. Vamos trazer produtos diferenciados”, diz Visconde Jr.

Leia-se por diferenciados produtos com margens atraentes e demanda crescente. O setor de medicamentos “isentos de prescrição”, também conhecido como OTC (over the counter, na sigla em inglês), cresceu 15% nos últimos anos e deverá manter expansão acima de dois dígitos daqui para frente. “A indústria precisa buscar produtos inovadores”, acrescenta.

A nova empresa de Visconde Jr. já fez sua estreia com um dermocosmético, o Footner, voltado para o tratamento dos pés. A empresa fez contrato de licenciamento com a holandesa YouMedical.

Outro lançamento, o Spotner, produto indicado para antienvelhecimento das mãos e do rosto, será colocado à venda até maio de 2014. No mês que vem entra no mercado o Livina, um alimento funcional que foi desenvolvido no País pela MIP com um parceiro local.

A farmacêutica recém-chegada tem em seu “pipeline”, jargão que no segmento farmacêutico significa a lista de produtos em desenvolvimento, oito marcas - de dermocosméticos voltados para tratamento de micose, verrugas, pé de atleta e cicatrização, além de antiácidos e multivitamínicos.

A meta para o primeiro ano de operação é faturar cerca de R$ 30 milhões. Em três anos, Alonso projeta receita de até R$ 70 milhões. Conhecido como bom farejador de negócios, a pergunta que fica no ar é se a MIP Brasil Farma poderá mudar de mãos futuramente. Alonso garante que não.

O executivo não descarta, no entanto, a entrada de investidores estratégicos. “Mas nem estamos pensando nisso agora.”


Como uma marca forte é o principal ingrediente de sucesso de um medicamento isento de prescrição (uma vez que é escolhido pelo consumidor na prateleira de uma farmácia), o investimento do grupo em mídia será pesado. A MIP já está com inserções no SBT para atrair um público “mais família”, explica Alonso. Mídias sociais e blogueiras também estão no radar da nova farmacêutica.

Os produtos já começaram a ser distribuídos nas redes da Drogaria São Paulo e Pacheco nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, do Rio de Janeiro e norte da Bahia. O próximo passo será a Região Sul do País. “O projeto é nacionalizar logo a distribuição”, diz Alonso.

A Netfarma, empresa criada por Visconde Jr. com outros quatro sócios, entre eles o dono da Netshoes, o empresário Márcio Kumrian, também vai distribuir online os produtos da companhia.

Projeto do zero

Construir uma farmacêutica do zero, como é o caso da MIP Brasil Farma, não é um processo simples. Não basta apenas ter uma boa ideia e dinheiro na mão. A empresa foi constituída em março do ano passado.

O processo mais demorado é a submissão e aprovação dos registros de medicamentos e produtos na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Essa é uma etapa que costuma demorar cerca de dois anos - a agência do governo pretende reduzir esse prazo pela metade.

Quando estiver com a fábrica em plena operação, a MIP pretende exportar os produtos para América Latina. “Temos o licenciamento dos produtos da YouMedical e acordo de exclusividade de distribuição para a região”, afirma Alonso.

No mercado, empresários e consultores ouvidos pelo Estado dizem que uma empresa sob o comando de Visconde Jr. tem tudo para dar certo. A fama de “midas” não foi atribuída a ele à toa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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