Mercado de alumínio vive euforia

O mercado de alumínio vive um período de euforia. No início de 2005, a cotação do alumínio na London Metal Exchange bolsa que rege os preços dos metais no mundo chegou a 2 000 dólares por tonelada, um crescimento de 50% em relação ao preço médio de três anos atrás. "Ninguém conseguia imaginar uma alta tão grande", diz Luiz Manreza, analista especializado em metais do Standard Bank. Nas últimas semanas, no entanto, a cotação caiu um pouco, voltando ao patamar de 1 800 dólares por tonelada. "É uma acomodação natural de mercado", diz Manreza.

A alta cotação do alumínio reflete o bom momento do mercado mundial de metais. As explicações para esse crescimento são várias. A economia mundial está aquecida, o que eleva a procura justamente depois de um período de falta de investimento na produção. O crescimento da China serviu para impulsionar ainda mais essa demanda. Há, no entanto, alguns fatores financeiros que ajudam a entender o porquê da alta das cotações. Nos últimos anos, os juros americanos caíram a patamares mínimos, e o dólar se desvalorizou em relação ao euro o que aumentou o apetite de fundos de investimentos pelo mercado de commodities. "Esses fundos fugiram dos títulos do governo americano e precisam de opções mais rentáveis para aplicar", diz Manreza, do Standard Bank.

Diante dessa mudança no patamar das cotações das commodities, os analistas fazem suas apostas para os próximos meses. De acordo com as vendas no mercado futuro, o preço do alumínio deve se manter estável até o final do ano por volta de 1900 dólares por tonelada. Diante da perspectiva favorável para os próximos dois anos, as empresas do setor anunciaram investimentos na expansão da capacidade de produção. "Esse patamar ainda é altamente rentável para a indústria", diz Giovanni Fiorentino, vice-presidente da consultoria Bain & Company.