Pela primeira vez desde que chegaram ao Brasil, em meados de 2000, os medicamentos genéricos registraram vendas superiores a 1 bilhão de dólares. No ano passado, o setor movimentou 1,054 bilhão de dólares, cifra 52,2% superior aos 692,5 milhões obtidos em 2005. Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró Genéricos), o aumento da renda da população permitiu maior acesso a essas substâncias, o que motivou o crescimento das vendas.

Em volume, porém, o incremento foi menor - 27,8%. No total, foram comercializadas 194 milhões de unidades de genéricos em 2006, ante 151,9 milhões no ano retrasado. Os dados da Pró Genéricos baseiam-se no levantamento do IMS Health, instituto internacional que audita o mercado farmacêutico.

Os números mostram também que o desempenho dos genéricos foi melhor que o da indústria farmacêutica em geral, cujo faturamento cresceu 27,1%, para 9,8 bilhões de dólares. O número de unidades vendidas subiu 7,2% e somou 1,43 bilhão. Com isso, a participação de mercado dos genéricos sobre o total de unidades comercializadas aumentou de 11,4% para 13,5%, entre 2005 e 2006. Em faturamento, os genéricos responderam por 10,7% do total no ano passado, ante 8,9% em 2005.

A associação afirma que o cenário para 2007 continua positivo. A expectativa é de uma expansão de 20% no volume de vendas. Entre os fatores que puxarão os negócios estão o aumento da renda e o maior grau de informação de consumidores e médicos sobre as características dos produtos genéricos.